sexta-feira, 10 de agosto de 2012

MINHA MÃE


Minha mãe, natureza das naturezas,
Essência das essências do infinito!
Abrigai em teu seio o brilho proscrito,
Imagem santa de imensas belezas!

Minha mãe, tu que o meu sangue represas
Tingindo de rubro teu coração bendito,
Ouve de além-mar de teu filho o grito,
Vem despertá-lo do letargo de tristezas!

Minha mãe, vinte e quatro anos sem ver-te,
E o além túmulo vejo querer-te
Ao balançarem-se dos ciprestes os ramos!

Minha mãe, viva, ou morta vem abraçar-me!
Vem em minha evocações consolar-me
Em nome de Deus, que glorificamos!!!...

Setembro, 24 de 1896.

F. S. Teixeira

0 comentários:

Postar um comentário