UM ATO CÍVICO
No
último dia 7 de setembro tive a oportunidade de estreitar o campo de
minha visão sobre as efusivas comemorações cívicas, que invadiram
em cores definidas a praça e as ruas centrais da cidade de Guarará, onde temos a nossa vida.
A
bandeira brasileira sendo içada, alavancada, arremessada à frente pelas mãos
nobres, gentis e inocentes de uma criança, de duas crianças, de
várias crianças, que se projetam que se arremetem, que avançam,
que irrompem, que abrem alas, que tencionam, projetam o corpo, os
braços, os rostos, os olhos, os sorrisos, para o futuro, para
frente, na esperança (talvez) de que bandeira, de que a pátria os siga, de que a
pátria as siga. Elas abrem caminho, elas criam o caminho, elas fazem o caminho.
Feliz
da pátria que respeitas aos seus “velhos” e forma as suas
“crianças”, ela não se perde.
Mas, assim observando, sem nenhum conceito que objete, percebo que a bandeira assim está em boas mãos, está nas mãos de um pequeno
cidadão. Pequeno sim, mas que tem seus direitos e deveres; tem direito a
um lar, à educação, direito à cidadania, direito a ser e de ser “criança” e tem seus deveres; tem o dever de brincar, de sorrir,
de aprontar, de errar, de falar as coisas que vem na cabeça, de se sujar, rolar na terra, se arranhar, enfim, tem o dever de ser “criança”. Parece que esta é a única
idade onde direitos e deveres se confundem.
Mas,
vendo a bandeira sendo içada, projetada à frente por um pequeno, que
carrega um patrimônio maior que seu corpo promete suportar, me vem à cabeça uma indagação: o que
é uma bandeira???
Bem... A
bandeira representa tantas coisas, representa uma idelogia, uma
facção, uma tendência, uma religião, uma formação étnica, uma
nação, etc, etc, etc,. Então, e por isso, são várias as espécies e formatos de bandeiras existentes, como
são diversos e diversas as características daquilo que elas
representam.
Todavia, fica claro que todas elas, à exceção de nenhuma, tiveram um único princípio; surgiram todas de um tecido alvo, branco e imaculado para então adquirir as cores do que representa, e como a nada é possível furtar-se à origem que têm, em nenhum momento ela pode
escapar de sua origem de pano brando e puro que representa, como é sabido, A PAZ.
Assim todas as bandeiras, defendam o que quiserem pretenderem defender, elas jamais poderão negligenciar a sua origem, a sua preexistência comum, sua
irmandade universal; a cor branca da PAZ.
Então
finalmente entendo porque uma criança se dá tão bem no desempenho
deste papel afinal. Porque ambas são a mesma coisa, vivem e buscam a
mesma coisa, porque a criança ainda não adquiriu as nosas cores ela
ainda é um pano branco, o pano branco da PAZ.
0 comentários:
Postar um comentário