IPF
INSTITUTO
PAULO FREIRE JUIZ DE FORA (IPF/JF)
CAPÍTULO
V
GUARARÁ
NA COLÔNIA
Dom
Luís da Cunha Menezes, o mesmo que afirmara ser a Mata "uma
barreira natural a esta capitania para a segurança de sua
fraude...", pela Portaria de 16 de abril de 1784, encarregou ao
Sargento-mor do Regimento de Dragões, Pedro Afonso Galvão de São
Martinho, de explorar a região, abrindo-a ao franco povoamento.
Nesta altura do século XVIII, o Governador já percebia, certamente,
que a decadência da exploração aurífera na região central da
Capitania estava a exigir a procura dos minerais preciosos em regiões
até então inexploradas, ou, na pior das hipóteses, era necessário
abrir espaços em terras mais férteis às atividades econômicas
substitutivas da mineração (agricultura, por exemplo).
Por
isso, pode-se dizer que a colonização da Zona da Mata começa em
1784, pois até esta data, a região não mereceu nenhuma atenção
das autoridades constituídas, a não ser nos aldeamentos do Pomba e
Presídio de São João Batista (Visconde do Rio Branco). A farta
ocorrência de metais preciosos no Centro tinha sido suficiente para
alimentar a cobiça inicial dos faiscadores. Porém, com o passar dos
anos, foram percebendo os limites dessa riqueza não renovável, ou
voltando sua atenção para a expansão da área de mineração, ou
buscando terras para a prática da agricultura ou da pecuária.
"...pela falta de se conhecer as utilidades que se poderão
tirar dos mesmas"(14)
é que as próprias autoridades portuguesas passaram a se preocupar
com a extensão dos tentáculos coloniais para a Mata.
O
Sargento-mor deveria se entender com o Coronel do Primeiro Regimento
de Cavalaria de Auxiliares do Rio das Mortes, Manuel Rodrigues da
Costa, a quem pertencia a jurisdição do território. Na mesma
Portaria, ordenava o Governador ao Alferes Joaquim José da Silva
Xavier (Tiradentes) que acompanhasse o Sargento-mor para verificar se
"as formações dos ditos sertões poderiam dar ouro de conta e
a quantidade de gente, que poderiam acomodar" (Id., ibid.: 276).
A Portaria dava grandes incumbências aos dois militares: verificar a
ocorrência de rios e córregos, quais os que podiam ser atravessados
a vau ou de embarcação, quais os caminhos que estavam abertos e que
permitiam as ligações da Capitania com o Rio de Janeiro, quais as
povoações existentes, as distâncias entre elas, quais as montanhas
e rios que separavam a Capitania da do Rio de Janeiro e quais as
situações adequadas para o estabelecimento de registros, rondas ou
patrulhas. Para cumprimento de sua missão, receberam amplos poderes,
podendo requisitar tropas e recursos, pois não poderiam regressar à
Vila Rica sem o perfeito cumprimento das tarefas. Parece que deram
conta do intento, porque, em pouco tempo, (….....................)
14
Na expressão do Governador Luis da Cunha Menezes (cit. por
VASCONCELOS, 1974: 275).
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de Fora - MG
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