Dentre os jornalistas que por aqui fizeram a sua
história, ressalta, entre outros, o nome de Cornélio Duarte Medina.
O Cap. Cornélio Medina,
poder-se-ia complementar, foi de fato um grande expoente do jornalismo na
região. Tinha acesso ao ilustra reduto da imprensa juiz-forana, mormente à
redação de o "O Pharol", além de participar naquela cidade de eventos
outros, entre autoridades diversas.
Culto e eficaz, lúcido, porém transigente em suas
matérias e artigos fazia-se bem entender, escrevia de um a tudo e no período em
que o jornal o "Comércio de Bicas" funcionou, este foi talvez o órgão
impresso que melhor representou o jornalismo na região.
A atuação de Cornélio Medina na vida social,
pública e política de Guarará não se reservara tão somente à arte impressa. Ele
ocupara cargos na vida pública, como delegado nos idos de 1897, como vereador e
como advogado de polícia (delegado de polícia não é uma redundância - note-se
que na época havia o chamado delegado vacinador).
O "Comércio de Bicas" teve uma vida
relativamente longa, fundado em 1895, durou aproximados 30 anos.
Ele era um dos muitos filhos do casal Luiza Duarte
Medina e Antônio Duarte Medina.
A família Duarte Medina, embora numerosa, sofreu os
agros que a vida oferece aos seres viventes, ceifando-lhe a vida de vários
integrantes. O casal Duarte Medina (pais de Cornélio), vê aos poucos seus
filhos desaparecendo do mundo dos vivos: Em 1882, morre Arthur Duarte
Medina, aos 22 anos, primeiranista da faculdade de medicina; em 1886,
Otávio Duarte Medina, morre aos 25 anos; em 1888, Cornélia Duarte Medina, com
morre aos 18 anos; em 1891, Elisa Duarte Medina, aos morre aos 26 anos; em
1894, o progenitor de ambos os falecidos, Antônio Duarte Medina, é que deixa o
mundo dos vivos; em 21 de outubro de 1898; Julia Duarte Medina, esposa de
Arthur Augusto de Castro, e mãe de três filhos, proprietários da
fazenda Barra da Anta em Rochedo de Minas, é quem morre, aos 26 anos. (Jornal Gazeta de Guarará, ANNO II, N.º 49, 30 de
outubro de 1898, pg.1)
Referências:
"Por ato de ontem foram expedidas as seguintes
portarias:" ... "exonerando, a pedido, o cidadão major Firmino Dias
Tostes, do cargo de 2º suplente do delegado de Polícia do município de Guarará,
e, para sucedê-lo, nomeado o cidadão Cornélio Duarte Medina." (Minas Gerais Ouro
Preto sábado 5 de setembro de 1896)
"Por ato de ontem foram expedidas as seguintes
portarias:" ... "exonerando, a pedido, o cidadão Cornélio Duarte
Medina, do cargo de 2º suplente do delegado de policia, e, para sucedê-lo,
nomeando os cidadãos Francisco Pinto Ferreira e e ainda Francisco Ferreira
Nunes de Assis, como 3º suplente da mesma delegacia.". (Minas Gerais Ouro
Preto sábado 31 de julho de 1897)
"Por ato de ontem foram expedidas as seguintes
portarias:" ... "exonerando, a pedido, o cidadão capitão Honório
José de Andrade Goulart, (*) do cargo de
subdelegado do distrito de São Pedro do Pequeri, município de Mar do Espanha; Exonerando,
a pedido, os cidadãos Francisco Pinto Ferreira, do cargo de 2º suplente do
delegado de Polícia do município de Guarará, e, para substitui-lo, nomeando o
cidadão Cornélio Duarte Medina; Manoel Pereira Salles, do cargo de subdelegado
do distrito de Maripá, e, para sucedê-lo, nomeando os cidadãos João Ricardo
Sobrinho e José Tempone, para 3º suplente da mesma subdelegacia; nomeando o
cidadão Claudiano de Mattos, para subdelegado do distrito da mesma vila.".
(Minas
Gerais Ouro Preto quinta-feira, 20 de outubro de 1897.)
Observações:
(*) - O Cap. Honório José de Andrade Goulart, era filho
de Francisco Inácio de Andrade Goulart, o Barão do Mar de Espanha
e de Ana Rita Carolina Tostes. Seus avôs paternos eram o Cap. Manuel
Goulart de Andrade e Dona Francisca Inácia Franco e avós maternos, o Cap. João Tostes e
Dona Francisca Teodora de Almeida. Seus sete irmãos eram:
1 - Maria
do Carmo de Andrade, casada com João Evangelista de Almeida (1848-?)
2 - Ana
Ricardina de Andrade;
3 -
Teresa Cristina de Andrade;
4 -
Cândida Ernestina Firmiana de Andrade;
5 - Maria
José Ernestina de Andrade;
6 -
Mariana Esperaldina de Andrade;
7 -
Emília Adelaide de Andrade.
OBS: seu
cunhado, João
Evangelista de Almeida, esposo de sua irmã Maria do Carmo, era filho de João
Evangelista de Almeida e de Dona Maria Inácia de Andrade. E do casamento dos
dois (João Evangelista e Maria do Carmo), veio a filha Maria Ana de Almeida
(nascida por volta de 1870-m.?), que foi casada - em 3 de janeiro de 1891 no
Espírito Santo do Mar de Espanha - com Horácio Corrêa de Avelar.
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