O artigo foi começado e partir e a propósito de José Otaviano Padilha, uma figura eminente na imprensa da região, quer seja no "O Guarará", quer seja em "O Povo", de Bicas, com publicação semanal. Ao seu lado dentre outros nomes da imprensa, está o Cel Joaquim Fróes Vieira Pisco, redator chefe de "O Guarará". Na época também o jornal juizforano "Pharol" mantinha um correspondente na região. cujos artigos eram estampados naquele renomado jornal. Depois, "A Bússola", editado por Lopes Neves que também, conjuntamente com Francisco Batista de Alvarenga, criariam no município de Lavras, o jornal "O Rio Grande". (1)
A IMPRENSA EM GUARARÁ
Sobre o Jornal municipal "O Guarará", cabe dizer que, em 15 de maio de 1892, (7) dois anos após a criação do município, inciam as suas atividades. Ele fora fundado por Ladislau Rabelo de Vasconcelos, José Otaviano Padilha e Theodolindo Ferreira de Assis. Tempos depois, Joaquim Fróes Vieira Prisco adquire o jornal. Vieira Prisco se transfere para o Rio de Janeiro e o jornal permanecerá inativo até que, tempos depois, é formada uma associação para continuar a edição do jornal o qual ficaria a cargo do prof Irineu Cândido de Souza, cargo este que ocupará até 12 de abril de 1914 quando os irmãos Afonso e Pedro Leite adquirem o jornal, o primeiro fica como redator e o segundo como gerente. Em 15 de novembro Aureo de Assis passa a atuar como gerente de "O Guarará", substituindo ao Coronel Pedro Leite.
No mesmo ano de 1892 surge também outro órgão impresso, "O Diabinho", do qual pouca informação sobreviveu. (7)
Em 11 de abril de 1916 é suspensa a publicação de "O Guarará" e neste mesmo mês de abril, o coronel Joaquim José de Souza funda o semanário "A Gazeta Municipal", cuja direção será assumida, posteriormente, pelo filho deste, o Dr. José Maria de Oliveira Souza.
Em dezembro de 1918, surge o semanário "O Povo", criado e editado por Ladislau Rabelo de Vasconcelos "um fervoroso entusiasta da imprensa". O jornal passaria depois à direção e redação de Carlos de Ouro Preto Pereira, diretor do Grupo Escolar Ferreira Marques, tornando-o assim um órgão consagrado à educação popular. (1a)
Em 07 de dezembro de 1919, surge o jornal "O Estro", sob a direção e redação de Félix Gomoso. O novo jornal vinha recheado de textos e variedades, anedotas e bom quilates de literatura.
Em 13 de abril de 1893, surge outro periódico guararense, editado no arraial de Bicas, e que levava, por isso o seu nome, era o "Correio de Bicas". (7)
No mesmo ano de 1893 surge "O Autonomista". (7)
Em 03 de outubro de 1897, surge a "Gazeta de Guarará". (7)
Em 14 de julho de 1919, o Jornal "O Guarará", retoma as suas atividades, agora em sua quinta fase e volta a circular, tendo como diretor-proprietário o coronel Pedro Leite e como redator o irmão Afonso Leite. O jornais de Guarará lembram a convivência e fundam a "Liga Guararense" contra o analfabetismo e fazem um apelo à população da vila, pedindo o seu concurso para a realização desse propósito. (2)
A partir de 1923 o jornal "O Guarará", tem na pessoa de Elcenor Leite o seu novo diretor-proprietário e mais à frente, a partir de 1929, Lymírio de Oliveira torna-se o gerente-proprietário de "O Guarará" que estava então no seu 37º ano de edição. Nesta nova fase surgem novos nomes, por assim dizer, no cenário municipal, para emprestar seus favores, penas e tintas à arte de Gutemberg, são eles: Antenor e Sócrates de Paula, Otto Dutra, Domingos Roque, que sucedem aos dignos colaborares que os precederam, como José Francisco da Paixão (J. Paixão), Luiz de Freitas Santos, etc.
Em maio de 1993, o jornal "O Guarará" (em sua NOVA FASE) volta novamente à ativa, tendo à sua frente Dario Moraes de Oliveira, como Diretor Responsável, Adriano de Almeida Barbosa, como Diretor Adjunto e Marcelo Francisco Delecrode, como Diretor Secretário e em 2010 dá-se a primeira edição do Jornal "Voz de Guarará.
Mas... Retomando o fio da meada, outro jornal "O Diabinho", editado, igualmente no município trazia noticias e artigos políticos e sociais. Outro jornal, "O Autonomista", surgiu na imprensa de Guarará em 05 de março de 1893 sob a redação de Luiz Pinto, que brindava o público com artigos bem elaborados, além de um folhetim, poesias, noticiário e artigos outros. "Para festejar seu aparecimento e inaugurar a sua oficina, a redação do Autonomista convidou as principais famílias" da região "e grande numero de cavalheiros além da corporação musical local'. Para arrematar o evento o major Francisco Batista de Alvarenga, tomou a palavra e saudou e parabenizou a imprensa guararense e os redatores das duas folhas ali presentes. (3)
Em 1897 tem início as edições aqui na então "Villa do Espirito Santo de Guarara", o semanário a "Gazeta de Guarará", a encargo do jornalista F. S. Teixeira (Francisco de Sequeiros Teixeira). Este era um órgão republicano e contrapunha-se abertamente contra os conservadores. Sequeiros um habilidoso estrategista dos "tipos", não media palavras para atacar aos que considerava inimigos da causa pública.
Outro jornal guararense o "A Semana", saiu à público, impresso nas oficinas de "A Galhofa", teve uma publicação semanal, tinha como proprietário a J. da Cruz & C. e seu redator chefe foi, quem o sabe, o maior propugnados das artes escritas e impressas por esta região, era ele Joaquim Fróes Vieira Pisco. O semanário tratava de generalidades, e teve seu bom período em 1889.
Mais tarde, em 23 e abril de 1920, viria o jornal "O Lírio" (4), fundado pelo prfº Luiz de Freitas Santos e Elcenor Leite. Este jornal literário, era um órgão editado pelo Grêmio literário Carlos Góes, anexo da Escola Noturna, igualmente criados por Luiz de Freitas Santos.
TEXTO DE "O GUARARÁ"
"15 de maio de 1895
Hoje o dia é de gala para nós!
Há três anos, neste dia, surgiu á luz da publicidade
o primeiro número deste periódico.
Ha três anos inaugurou-se neste município a instalação da imprensa.
O que fomos, o que temos sido durante esse tempo, todos sabem; todos conhecem as transformações porque temos passado; e quem se der mesmo ao trabalho de percorrer as nossas coleções notará por certo incoerência nas manifestações de idéias e desacordo manifesto nestas.
Isso, porem, explica-se pelas fases porque temos atravessado, os corpos de redação que nos tem dirigido.
Fundado como hebdomadário noticioso, industrial, comercial, agrícola e recreativo, manteve-se nesse programa até que a renúncia da maioria de membros da Câmara apresentada em 1892, tornando-o defensor da fração "autonomista", então em organização.
Nessa atitude pouco manteve-se pois que não foi além de sete o número de folhas publicadas.
A mesma causa, que originou a sua transformação para órgão partidário, originou igualmente, com a eleição para preenchimento das vagas abertas com a referida renúncia, a adaptação que tomou de órgão do partido contrário que achava-se por essa ocasião apeado do poder.
Estas circunstâncias obrigaram-nos, como os leitores o sabem, a sua substituição pelo "Correio de Bicas", que foi uma continuação da terceira fase espiritual, assim como ele é hoje a continuação do "Correio de Bicas", com a única diferença de que só dedica-se aos interesses comuns do município, sem enxergar cores políticas, sem incitar ódios, sem avivar paixões.
Eis aí o que foi, e será este modesto, mas esforçado periódico; modesto no seu formato, no seu corpo de redação, mas esforçado no cumprimento do seu programa, no desempenho do seu "desideratum".
Hoje, pois, que solenizamos o nosso aniversário, não podemos deixar no esquecimento os nomes daqueles que foram os seus primeiros impulsionadores, não podemos esquecer os nomes de Ladislau Rabelo de Vasconcelos, a quem deve o Guarará o ter imprensa sua, o homem a que tudo arroja-se e que tudo vence, e cuidado unicamente em sua inquebrantável força de vontade; de Theodolindo Ferreira de Assis o seu primeiro redator, e portanto o seu guia nos primeiros passos pela espinhosa estrada; do saudoso Aurides Rabelo de Vasconcelos, o cronista que tanto brilho lhe deu com os seus bem elaborados artigos; de Pedro Arthur Guimarães, Luiz Pinto, Laudelino Rabelo de Vasconcelos, Arthur Andrade e Pontes Cordeiro, que bastante por ele fizeram com sua preciosa colaboração."
Mais à frente outros nomes engrossariam as fileiras dos que labutariam nas páginas deste jornal: J. Paixão, Luiz de Freitas Santos, Prof Augusto Júlio de Moraes Carneiro, Luiz Cezar Pannain, Vicente Bianco, Carlos de Ouro Preto Pereira, Áureo de Assis, Lycidio Paes, Antonio da Costa Oliveira, conde Afonso Celso, Cel. F Barroso, Otávio de Carvalho, Antenor de Paula, etc
A IMPRENSA EM BICAS
Ao falar da "ARTE TIPOGRÁFICA", diz o "Bicas Jornal", de 18 de outubro de 1925:
"Ao ser montada a papelaria e tipografia Bianco, tivemos intenções de aproveitar capacidades jornalísticas residentes no município, de dotar nossa prospera vila de um estabelecimento á altura do seu progressista comércio e fazer uma escola prática, onde pelo trabalho quotidiano aqui se formassem tipógrafos,
O tipografo é uma criatura, que, pelo meio em que vive, pela composição de escritos corretos, pela copia de trabalhos valiosos, vai se amestrando e adquire conhecimentos úteis, capazes de faze-lo um grande jornalista, polemista, escritor, literato: ou homem de grande valor social e político como ha exemplo frizantes na nossa Pátria.
Bicas é um centro populoso, denso, perto das cidades do Rio e Juiz de Fora, cidades por excelência cultas, adiantadas e como o indivíduo é criação do meio, o biquense é naturalmente inteligente e tem aptidões.
Com o preparo tido no Grupo Escolar, no Liceu Operário, no Colégio São José, etc, há meninos de capacidade aproveitáveis.
Como atravessamos a época do aproveitamento de capacidades ou de aptidões para o engrandecimento geral, exemplos edificantes dados pela tríade garantidora da grandeza do Brasil atual: Arthur Bernardes - Raul Soares - Melo Vianna, queremos ver se conseguiremos formar um corpo de tipógrafos ou compositores para irmos ampliando nosso estabelecimento e praza a Deus - torná-lo grandioso."
Em 05 de março de 1901, surge o jornal semanário intitulado "A Bússola", sob a direção de Lopes Neves. Lopes Neves
Em abril de 1916, o coronel Joaquim José de Souza funda o semanário "A Gazeta Municipal", cuja direção será assumida, posteriormente, a partir de 1922, pelo filho deste, o Dr. José Maria de Oliveira Souza, recém formado em Direito, mais tarde Prefeito e Deputado. Neste mesmo ano (1922), o jornal tem o seu nome mudado e passa a chamar-se “O Município”, conservando todavia, o mesmo endereço, o mesmo estilo jornalístico e o grupo de trabalho.
O jornal "O Município", propriamente dito, vem a público então a partir de 29 de abril de 1923, e "a partir daí, como o próprio nome sugeria ("O Município") passou a defender a emancipação de Bicas, que se concretizou diante de um trabalho coeso e participativo de um grupo de pessoas. O anseio dos biqueses de então fora satisfeito com a emancipação do município, publicado através da Lei nº 843 de 7 de setembro de 1923." (5) O Dr José Maria de Oliveira Souza, ocupa o cargo de redator chefe o 1950, quando a direção é passada para o Bel. José Maria Veiga, e este ficará à frente do jornal por aproximados 45 anos, quando então os filhos deste, o Dr. Carlos Augusto Machado da Veiga e o jornalista José Maria Machado Veiga, assumem a direção do jornal, até que depois o José Maris Machado da Veiga assume a direção definita até os dias de hoje.
No dia 26 de julho de 1925 surgia o "Bicas-Jornal", gerenciado por Gil Manso de Souza e
tendo como redator chefe Dr Maurilio Ernesto Correa.
Em 1931 surge "O Lince" (data e redação a confirmar)
Em 1931 surge "O Momento" (data e redação a confirmar)
A 11 de novembro de 1951 surge jornal "O Biquense", órgão independente, dirigido Por Achilles Francisco de Paula. (*)
Em 20 de agosto de 1957 viria aos ares públicos o jornal "Folha de Bicas", ele tinha a sua oficina à rua Floriano Peixoto, 166, em Bicas e era impresso pela "Tipografia Brasil" em Mar de Espanha. O jornal tinha como presidente e redator Sebastião Costa Moura e tinha como superintendente Antero Dutra Marques. Era de caráter eminentemente político.
Em 15 de dezembro de 1958, vem a público o jornal "A Tribuna de Bicas", tendo como Diretor responsável Hélio Monteiro da Silva, auxiliado por Antônio de Moraes. Funcionava à Pça São José 89 e tinha suas oficinas à Rua Arthur Bernardes 18, onde era o gerente Salvador Cerdeira Camblor. O jornal surge com a seguinte proposta:
"Bicas passa a ter de hoje em diante mais um quinzenário. Fundado para pugnar por um ideal de progresso para nossa terra, lutará também pela manutenção e aprimoramento de nossos processos políticos, Não foi criado tendo como objetivos ataques pessoais e achincalhes da honra alheia. Criado, sim, para exercer condignamente o papel que cabe àqueles que militam na Oposição - uma vigilância incessante e uma critica construtiva. E saímos, já neste número, com uma campanha visando igualdade e justiça nos lançamentos dos impostos. Depois iremos pedir a cooperação de todo o povo numa campanha em prol do reaparelhamento e remodelação de nosso Hospital. E como iremos bater por boas causas, tudo nos leva a crer que teremos aceitação e compreensão.
Temos confiança no futuro e Bicas tem agora probabilidades de entrar numa fase acerelada de desenvolvimento. O atual Prefeito, Dr. José Maria de Oliveira Souza, eleito Deputado Estadual, poderá carrear vultosas verbas para nossas obras públicas essenciais além de auxílios e subvenções para nossas organizações sociais. Nilson Batista Vieira, honesto e de boa vontade, só irá encontrar dificuldades com seus próprios "amigos", pois a Oposição visa apenas o bem estar comum da família biquense. Nós aqui estaremos perguntando, reclamando, criticando e aplaudindo tudo aquilo que se refere à interesse público.
Deixamos aqui consignado uma saudação especial aos órgãos de imprensa da cidade: "O Município" e "A Folha de Bicas".
À todos os nossos amigos e leitores desejamos um feliz Natal e um Próspero Ano Novo.
A REDAÇÃO.
(*) Achiles Francisco de Paula (comerciante em Bicas) era casado com Dona Maria Guarnieri de Paula. A filha do Casa, Wanda Guarnieri de Paula casou-se em 1940 com José Silva, filho de Necésio Silva (à época, 1940, delegado de polícia em Bicas)
A IMPRENSA EM MAR DE ESPANHA
Em 1882, surge o jornal "O Tentâmen" (6)
Em 10 de fevereiro de 1884 surge a "Nova Fase" (6)
Em 1885 surge a "A Alvorada" (6)
Em 7 de março de 1886 surge o republicano "O mar de Hespanha", sob a direção e redação de Wantuil Lopes. (data e redação a confirmar) (6)
Em 1890 surge a "A Constituinte" (6)
Em 1892 surge a "Tribuna Popular" (6)
Em 1892 surge a "Eco da Lavoura" (6)
Em 1893 surge a "Correio de Minas" (6)
Em 19 de julho de 1894 surge "A Ordem" (6)
Em 2 de janeiro de 1895 surge a "Gazeta Municipal", sob a direção e redação de Francisco de Paula Gil Júnior. (6)
Em 28 de abril de 1895 surge a "O Pequery" (publicado no arraial de São Pedro do Pequeri) (6)
Em 1904 surge "O Prelio";
Em 07 de novembro de 1926, surge "O Atlante", que trazia em seu bojo noticias, literatura, esportes e humor. Era dirigido por Serzedello Silveira Louro e tinha como editor chefe Alves Junior.
Em 09 de fevereiro de 1930, surge "O Libertador", órgão do partido republicano mineiro. Tinha como diretor o Cel. Francisco de Assis Nogueira Penido, como redator chefe Hildebrando Falcão e como gerente Serzedello Silveira Louro.
Em 15 de julho de 1936 (?), registrado de acordo com o decreto 24.776 de 14 de julho de 1934, sob nº 44, surge o "O Mar de Hespanha" órgão do partido progressista de Mar de Espanha. O jornal tinha como editor e gerente Serzedello Silveira Louro e possuía diversos redatores.
Em 24 de setembro de 1953 surge o "Gazeta de Mar de Espanha", sob a direção de Arnaud Silveira Louro. (data e redação a confirmar)
Em Jornal "O Municipio" sob a direção de Francisco Pereira (data e redação a confirmar)
Em o Jornal Mardespanhense, fundado em 28 de novembro de 1954, Era propriadad ede Francisco M Rezende e tinha como redator chefe Augustus Gribel
NOTAS E REFERENCIAS
1 - Jornal "A União", Fev de 1889;
1a - Jornal "O Guarará" de 11 de janeiro de 1920;
2 - Jornal "O Pharol", ANNO LIV, N. 183 - quinta-feira, 07 de agosto de 1919.
3 - Jornal "O Guarará", ANNO II, N. 41 - 16 de março de 1893;
4 - Jornal "O Guarará" de 01/10/1939, pg.2;
6 - REVISTA DO ARQUIVO PUBLICO MINIRO , 1898 pg.218
7 - REVISTA DO ARQUIVO PUBLICO MINIRO , 1898 pg.229
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