Quando
inaugurou-se o Grupo Escolar de Guarará, em 30 de março de 1909, Fausto Gonzaga
foi o seu primeiro diretor e por aqui ficou até 1910.
Quase um
ano depois de inaugurado, em janeiro de 1910, Dilermano Cruz, em suas viagens
pela Zona da Mata, lança mão de um artigo sobre o grupo escolar recém
inaugurado: "...sobre a visita que fiz ao Grupo Escolar de Guarará. Esse
grupo causou-me surpresa e excelente impressão. O digno inspetor escolar
municipal, meu distinto colega Cornélio Duarte Medina, levou-me a percorrer
todo o grupo e fiquei deveras surpreendido com a magnifica instalação do
estabelecimento. Muitas cidades não possuem grupo escolar tão bem instalado
como o da vila de Guarará. Aqui deixo, portanto, meus parabéns a Cornélio
Duarte Medina, a quem de direito cabem louvores na instalação do grupo, porque
foi um dos que mais trabalharam por o conseguir. Não regatarei aplausos também
ao digno agente executivo coronel Joaquim José de Souza que, com gerais
aplausos, tem sabido administrar e engrandecer o município de Guarará. -
D.C." (1)
Fausto,
natural de São João Del Rey, onde nasceu em 6 de dezembro de 1885. Seu pai Luiz Gonzaga, era um imigrante, provavelmente de origem portuguesa,
que, nesta cidade havia fixado sua residência.
Fausto publicou aos 22 anos sua primeira coletânea de versos, intitulada “Melodia”, que obteve grande repercussão na época, nos meios literários mineiros.
Segundo suas palavras: Seu primeiro emprego foi de "...secretário do ginásio São Francisco de Assis, em São João Del Rei. Daí creio, nasceu a ideia de entrar para o magistério”. Daí, formado em magistério, ele leciona em Pitangui, depois atua como diretor do Grupo Escolar de Guarará e a seguir é transferido para Além Paraíba. Residindo na nova cidade, é lá que ele tem seus primeiros filhos.
Fausto publicou aos 22 anos sua primeira coletânea de versos, intitulada “Melodia”, que obteve grande repercussão na época, nos meios literários mineiros.
Segundo suas palavras: Seu primeiro emprego foi de "...secretário do ginásio São Francisco de Assis, em São João Del Rei. Daí creio, nasceu a ideia de entrar para o magistério”. Daí, formado em magistério, ele leciona em Pitangui, depois atua como diretor do Grupo Escolar de Guarará e a seguir é transferido para Além Paraíba. Residindo na nova cidade, é lá que ele tem seus primeiros filhos.
Além de
professor, Fausto Gonzaga era escritor, poeta, farmacêutico, um
extraordinário administrador. e músico de grande prestigio me Minas, tocando piano, flauta e violino.
A partir
daqui, em 1910, ele foi a convite, para Além Paraíba para dirigir o recém
criado, em 31 de Julho de 1910, e que passaria a denominar-se Grupo Escolar Dr.
Alfredo Martins de Lima Castelo Branco em 26 de março de 1915. (2) Era a primeira escola pública de Além Paraíba e localizava-se na Ilha Recreio, no edifício do Teatro, propriedade do Senhor Manuel Esquerdo.
A atuação
de Fausto Gonzaga frente àquela escola, nos 24 anos de atuação no ensino
daquela cidade, foi digna de louvores. Ele "transformou o Grupo Escolar em
um educandário conhecido pela boa educação dada aos seus alunos." (3) (4)
Fausto
encontrou, pelos anos que se seguiram, grande e bons professores que, àquele
tempo, muitos dos quais eram também músicos em "Além Paraíba . Alguns eram
as duas coisas: Firmino Silva, Vicente Serpa Duarte, Fausto Gonzaga, Manuel
Batista Nunes de Souza lecionavam, tanto na cartilha, como na artinha." (5)
E, mais
tarde com a criação do Colégio São José, ainda em Além Paraíba, Fausto teve
como companheiros de docência a: Dr. Aristóteles Freixo Lobo (Promotor de
Justiça), Padre Cristóforo de Barros, o Dr. Edelberto Figueira (ex-Juiz
Municipal) e as senhoras Joaquina de Almeida Santos Botelho (Pituta), Maria
Luiza de Miranda e Claudina Mendes. (6)
Dentre os
seus escritos figura o "Método Intuitivo", datado de 02 de agosto de
1929, à época diretor escolar em Além Paraíba (7)
e dois anos antes, no Primeiro Congresso de Instrução Primária, ocorrido entre
os dias 9 a 18 de maio de 1927, em Belo Horizonte, não sendo um dos
participantes presentes, Fausto remete àquela reunião o opúsculo "Theses
ao Congresso de Instrucção Primaria". Uma outra diretora, igualmente não
participante, conhecida desta terra e à época diretora em Belo Horizonte,
remete à mesma reunião o escrito "Respostas às principaes theses que serão
discutidas no Congresso de Instrucção Primaria", tratava-se da profª.
Amandina Carmelita Magalhães, diretora por aqui em 1903. (8)
É dele
também o "Compêndio de Leitura Analítica" o qual se pretendia aplicar
à metodologia de ensino, mas foi rejeitado pelo governo em sessão de 10 de
julho de 1913. (9)
Como
homem das letras, Fausto prestou relevante colaboração na imprensa da época,
notadamente no a "Gazeta de Leopoldina", onde participava de um
escopo de colunistas nada modesto, eram eles: Jacobino Freire, Prof Reynaldo
Matola de Miranda, Dr Rodrigues Campos, Dr Custódio Junqueira, Dr. José Eutrópio,
Dr Tavares de Lacerda, Prof. Botelho Reis, Dr Abilio Machado, Belisário Soares
de Souza, D. Ottilia Fonseca, etc. (10) e ainda,
estende suas atividades à terra natal, São João Del Rey, onde figura as mais
altas figuras da intelectualidade e do jornalismo, como: Sebastião Sette, Dr.
Francisco Mourão, os Irmãos Andrade Silva, Raul Costa, Adalberto de Castro,
Cel. Severiano de Rezende, Cel. Francisco Pinheiro, Fausto Mourão, Gonçalo
Amarante, Lopes Sobrinho, etc. (11)
Fausto permaneceu à frente da escola por 24, transformou a o Grupo Escolar em uma educandário exemplar, conhecido pela sua qualidade de ensino. Fausto foi substituído em 15 de dezembro de 1934 pela profª Joaquina de Almeida Santos Botelho. Fausto transferiu-se para Belo Horizonte.
Quando a Guarará, embora sua estadia na instrução em Guarará, tenha sido um tanto curta mas, reconhecendo os seus inigualáveis préstimos, em homenagem, o município homenageou-o com o nome de uma rua.
Quando a Guarará, embora sua estadia na instrução em Guarará, tenha sido um tanto curta mas, reconhecendo os seus inigualáveis préstimos, em homenagem, o município homenageou-o com o nome de uma rua.
Obras:
- Hymno
ao trabalho; (12)
- Almanaque
do Município de Além Paraíba, 1935. (13)
- “Hino à Primavera”. (14)
- “Saudação à Bandeira”, este último adotado oficialmente no Estado do Espirito Santo. (14)
- "Hino à professora" - Escolha feita através de um concurso promovido em 1961 pela APPMG (Associação dos Professores Primários de Minas Gerais), sediada em Belo Horizonte, para escolha da letra do “Hino à Professora”. (14)
- “Hino à Primavera”. (14)
- “Saudação à Bandeira”, este último adotado oficialmente no Estado do Espirito Santo. (14)
- "Hino à professora" - Escolha feita através de um concurso promovido em 1961 pela APPMG (Associação dos Professores Primários de Minas Gerais), sediada em Belo Horizonte, para escolha da letra do “Hino à Professora”. (14)
Fontes e
referências:
1 - Jornal "O Pharol", 3 de fevereiro de
1910.
2 - Jornal "O País"; ANNO XXX, N.º
11.142, sábado, 10 de abril de 1915.
3 - Jornal Aqui e Agora, Além Paraíba;
4 - O grupo escolar foi criado pelo decreto 2.690
de 14 de dezembro de 1909 e instalado a 31 de julho de 1910. Em 1912 a
matrícula foi de 306 alunos - Jornal "O País"; ANNO XXIX, N.º 10.636,
quinta-feira, 20 de novembro de 1913.
5 - Além Paraíba História - Mauro Senra;
6 - Além Paraíba História - Mauro Senra;
7 - Arquivo Público Mineiro - Plataforma hélio
Gravatá
8 - MELO, Cleide Maria Maciel de. A infância em
disputa: escolarização e socialização na reforma de ensino primário em Minas
Gerais – 1927;
9 - Jornal "O País"; ANNO XXIX, N.º
10.635, quarta-feira, 19 de novembro de 1913;
10 - Jornal "O País"; ANNO XXVIII, N.º
10.501, terça-feira, 8 de julho de 1913;
11 - Jornal "O País"; ANNO XXVIII, N.º
10.502, quarta-feira, 9 de julho de 1913.
12 - Correio da Manhá, quarta 15 de maio de 1929
13 - Correio da Manhá, quarta 27 de setembro de
1857.
14 - Jornal “Diário do Paraná”, Curitiba, terça-feira, 31 de outubro de 1961.
14 - Jornal “Diário do Paraná”, Curitiba, terça-feira, 31 de outubro de 1961.
0 comentários:
Postar um comentário