UMA
HOMENAGEM JUSTA
No
cemitério de Guarará, há uma solitária sepultura, circundada por
gradis, e sobre ela esta inscrição:
Prof.º
Augusto Figueira (1860-1936)
Descansa
ai, esquecido de todos, um homem que envelheceu, distribuindo luzes e
saber.
Diz-se
que, nunca sobre o pequeno túmulo caíram as flores do carinho e da
saudade. Antes assim. São pétalas efêmeras, cujo aroma se evola
depressa.
Os
corações gratos, porém deviam levar para lá, de joelhos, os ramos
simbólicos, o carvalho e o louro que não murcham jamais.
Nesse
ignorado sepulcro dorme para sempre um mestre que ministrou durante a
longa jornada de 42 anos, o ensino
primário
rural a varias gerações. Nele dorme também o republicano, o
humilde cidadão, o servidor público que foi Augusto José Figueira,
que embora português de nascimento, soube ser brasileiro e soube ser
guararense pelo coração.
Felizmente,
o nosso poder público nunca esqueceu dos nomes dos seus servidores.
Agora,
num belo gesto de justiça, acaba o Sr. Prefeito local de homenagear
a memória do inesquecível mestre, dando o seu nome a uma das
escolas rurais do município.
Evocarmos
nomes de criaturas assim, que dedicaram a vida ao bem estar da
coletividade, ao progresso do rincão onde viveram e labutaram pela
grandeza da Pátria, e sempre agradável.
A
esses o tempo não vence; porque eles vencem o tempo!
Limyrio
de Oliveira
5 de dezembro de 1940
Jornal "O Guarará", ANNO XXII, N.º 42
Guarará, 23 de dezembro de 1940







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