BICA D’ÁGUA
A Câmara prestaria um
grande serviço à nossa população se mandasse fazer um tanque, bica, ou coisa que
o valha, em uma nascente que exista na subida da Rua Tiradentes, que fornece
água para grande parte do povo e que está ali sem merecer uma olhadela dos
poderes públicos.
Aproveite a Câmara essa
ideia do povo, da qual nós fazemos eco, que ele saberá agradecer esse serviço.
Jornal “O Guarará”, 16
de março de 1893.
MUITO BEM!...
Na noite de 12 do
corrente, entre as diversas prendas oferecidas para o leilão da festa de São
José, que ora se celebra nesta vila, figurava uma muito significativa: era um
grande tabuleiro com confeitos, um primoroso pic-nic, a que concorreram
diversas guararenses em número superior a vinte.
Da casa da residência
da Exma Sra. D. Maria Luiza Nunes, à noite saiu o incomensurável tabuleiro,
conduzido por oito moças acompanhado por grande número de senhoras e
cavalheiros e pela banda de música, que fechava o cortejo.
No momento de ser
apregoada a prenda modelo, houve geral movimento de atenção; porque era sabido
que as ofertantes haviam previamente cotizado entre si para entrar em
combate [o arremate das prendas], a Exma Sra. Dona Maria Thereza dos Santos, [agiu] em nome delas, desafiando
o Sr. José Marinho da Mota Bastos, atirando-lhe a delicada luva, uma declaração
de guerra, que ele tacitamente aceitou.
No combate saiu
vitorioso o Sr. Mota Bastos, fazendo entrar em ação apenas um exército de cento
e oitenta e cinco mil... homens, entregando, depois generosa e gentilmente, a
conquista às graciosas e amáveis adversárias, tendo estas, a seu turno, um
procedimento corretíssimo... pondo à disposição dos cavalheiros presentes a sorte
do objeto conquistado, os deliciosos confeitos, depois de uma ceia, no Hotel
Central, arrematada no mesmo leilão, e oferecida pelos Srs. Tte. José da Rocha Pinto,
Francisco Nunes Coelho e José Marinho da Mota Bastos, a Corporação Musical, Lyra Espiritosantense.
Terminamos e dizemos
que tudo estava muito bem e que não demore as reproduções de tais festas.
Jornal “O Guarará”, 16
de março de 1893.
BONDES
...ESTRADA DE FERRO GUARARENSE
Na última sessão da
Câmara, foi resolvido tomar o empréstimo dos sessenta contos (60:000$), no município, per
meio de apólices da Câmara, de conto de réis cada uma, vencendo as mesmas. Os
juros de 7 por cento ao ano.
Os Srs. vereadores
estão incumbidos da passagem das mesmas apólices e segundo nos consta, vão bem
adiantados na louvável tarefa, visto encontrarem geral aceitação, o que nos faz
crer que estamos diante de um grande melhoramento para a nossa florescente
Vila.
Avante Guarará! Avante!
Jornal “O Guarará”, 16
de março de 1893.
A câmara municipal de
Guarará trata de contrair um em préstimo de 60:000$ para a construção de uma
via férrea entre aquela vila e a estação de Bicas.
Jornal "O
Pharol", ANO XXVII, N. 57. Juiz de Fora, 09 de março de 1893.
UM ANO E MEIO DEPOIS
Pelo ministro da fazenda foi proferido o despacho seguinte do requerimento da da câmara municipal de Guarará, pedindo o despacho livre de direito e transporte gratuito pela Estrada de Ferro Central do Brasil para os materiais destinados à via férrea guararense; - Deferido quanto á isenção de direitos; quanto ao transporte dirija-se ao ministério da indústria.
Jornal "O Pharol", ANNO XXVIII, N 101. Juiz de Fora, 12 de setembro de 1894.
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