terça-feira, 10 de setembro de 2013

AUGUSTUS GRIBEL - AH! O RIO...



AH! O RIO...

Ninguém se cansa de rever o Rio,  a nossa bela capital, seja homem ou seja mulher. O bom turista de Minas, o paulista, o gaúcho, o nortista, todos têm emoções novas, sempre boas e desejadas ao rever o Rio.
Assim foi comigo, neste último pulo até lá. Uma viagem alegre cheias de lances que ficarão indeléveis...

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O Rio achei-o como é, nervoso, sem tédio sem rotina. Ouvem-se ali, a todo instante, os apelos exasperados ao misticismo, profundos na sua intenção de transferência idealista, sublimes nos seus ritmos fetichistas de corpos morenos ardentes, banhados de sol Lá a gente quer saber “onde é que Maria Mora”, no torpor da grande vida que a filosofia da rua grita em entusiasmo contagiante...

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O Rio, certamente pelo curso do hábito - “o hábito faz o monge” insufla novas energias ao organismo humano. É uma válvula de expansão de nosso sentimento, em busca sempre de um som ou de uma cor que satisfaça à espiritualidade dos sentidos...
Visões diabólicas atormentam, a cada instante, o transeunte. A gente se enche e se embriaga daquela turba irrequieta, vibrante de animação, ofegante no esplendor fulgente das luzes.

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Ao brasileiro como eu, uma passagem pelo Rio, ainda que de uns dias, proporciona uma duradoura impressão do belo e da vida... E nas suas aventuras transbordantes de amor e de alegria encontramos quase sempre, uma delírio de fantasias multicores que surgem como o fogo, que guarda na 6ua voragem abrasadora as ilusões que simbolizam a alma mesmo das criaturas, mas que ficam para castigar depois, atrozmente, com uma saudade imorredoura, que é um misto de alegria e de tristeza...

A. Gr. 


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