AH!
O RIO...
Ninguém se cansa de rever o Rio, a nossa bela capital, seja homem ou seja
mulher. O bom turista de Minas, o paulista, o gaúcho, o nortista, todos têm
emoções novas, sempre boas e desejadas ao rever o Rio.
Assim foi comigo, neste último pulo até
lá. Uma viagem alegre cheias de lances que ficarão indeléveis...
*-*-*
O Rio achei-o como é, nervoso, sem tédio
sem rotina. Ouvem-se ali, a todo instante, os apelos exasperados ao misticismo,
profundos na sua intenção de transferência idealista, sublimes nos seus ritmos
fetichistas de corpos morenos ardentes, banhados de sol Lá a gente quer saber “onde
é que Maria Mora”, no torpor da grande vida que a filosofia da rua grita em
entusiasmo contagiante...
*-*-*
O Rio, certamente pelo curso do hábito -
“o hábito faz o monge” insufla novas energias ao organismo humano. É uma
válvula de expansão de nosso sentimento, em busca sempre de um som ou de uma cor
que satisfaça à espiritualidade dos sentidos...
Visões diabólicas atormentam, a cada
instante, o transeunte. A gente se enche e se embriaga daquela turba
irrequieta, vibrante de animação, ofegante no esplendor fulgente das luzes.
*-*-*
Ao brasileiro como eu, uma passagem pelo
Rio, ainda que de uns dias, proporciona uma duradoura impressão do belo e da
vida... E nas suas aventuras transbordantes de amor e de alegria encontramos
quase sempre, uma delírio de fantasias multicores que surgem como o fogo, que
guarda na 6ua voragem abrasadora as ilusões que simbolizam a alma mesmo das
criaturas, mas que ficam para castigar depois, atrozmente, com uma saudade
imorredoura, que é um misto de alegria e de tristeza...
A.
Gr.
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