DEVER...
Sempre foi de nosso desejo fazer deste
jornal um instrumento de luta democrática.
Em face densa razão, prometemos dizer a
verdade, somente a verdade. E assumimos o compromisso para conosco e para com o
povo, de que nenhuma considerarão de ordem particular, política, religiosa ou
filosófica nos afastaria dessa promessa.
*-*-*
O sentido do jornalismo tem que ser
esse. Nada mais, nada menos.
Em mais de 20 anos que exercemos essa
honrosa atividade intelectual, em que vimos mantendo um trato diário com as letras
na tribuna jurídica na tribuna da imprensa e, em mais de 30 anos de convivência
constante com os livros, não temos feito outra coisa, senão procurar cumprir
esse dever precípuo, indeclinável. E assim temos vivido por aquela “compaixão
concreta pela sorte do povo”, de que falava Joaquim Nabuco.
*-*-*
Ainda agora, num mundo cheio de
apreensões quando os interesses inconfessáveis procuram sobrepor-se a tudo, a
responsabilidade está pesando em grau maior, sobre o intelectual, sobre o homem
de vida espiritual superior g vida do estômago. A ele caberá traçar o rumo mais
seguro por onde se torne a vida menos dura ao povo, por onde se acabam a transigência,
o relaxamento daqueles que, pela parcela de autoridade que exercem, competiam
coibir todos os erros e compelir os malfeitores à prática de atos honestos e legais.
Esse o dever maior do jornalismo, o de
tentar sacudir o desfibrado, o insensível, o comodista, que vai permitindo com
sua negligência culposa, com sua transigência interesseira, que o crime se
eternize e que se amesquinhe a decência e a honestidade...
A.
Gr.
0 comentários:
Postar um comentário