terça-feira, 10 de setembro de 2013

AUGUSTUS GRIBEL - DEVER...



DEVER...

Sempre foi de nosso desejo fazer deste jornal um instrumento de luta democrática.
Em face densa razão, prometemos dizer a verdade, somente a verdade. E assumimos o compromisso para conosco e para com o povo, de que nenhuma considerarão de ordem particular, política, religiosa ou filosófica nos afastaria dessa promessa.

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O sentido do jornalismo tem que ser esse. Nada mais, nada menos.
Em mais de 20 anos que exercemos essa honrosa atividade intelectual, em que vimos mantendo um trato diário com as letras na tribuna jurídica na tribuna da imprensa e, em mais de 30 anos de convivência constante com os livros, não temos feito outra coisa, senão procurar cumprir esse dever precípuo, indeclinável. E assim temos vivido por aquela “compaixão concreta pela sorte do povo”, de que falava Joaquim Nabuco.

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Ainda agora, num mundo cheio de apreensões quando os interesses inconfessáveis procuram sobrepor-se a tudo, a responsabilidade está pesando em grau maior, sobre o intelectual, sobre o homem de vida espiritual superior g vida do estômago. A ele caberá traçar o rumo mais seguro por onde se torne a vida menos dura ao povo, por onde se acabam a transigência, o relaxamento daqueles que, pela parcela de autoridade que exercem, competiam coibir todos os erros e compelir os malfeitores à prática de atos honestos e legais.
Esse o dever maior do jornalismo, o de tentar sacudir o desfibrado, o insensível, o comodista, que vai permitindo com sua negligência culposa, com sua transigência interesseira, que o crime se eternize e que se amesquinhe a decência e a honestidade...

A. Gr. 


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