quarta-feira, 28 de agosto de 2013

LUIZ DE FREITAS SANTOS

          O Profº Luiz de Freitas Santos foi um dos mais bem conceituados educadores da região. Um educador nato. Era um "intelectual muito conhecido em Minas, dirigiu vários jornais" e colaborou em outros tantos, como a "Gazeta de Paraopeba", onde atuou entre 1918-1919. Era um poeta e "literato de rara sensibilidade", muitos de seus primorosos trabalhos figuraram nas colunas dos jornais onde colaborou e onde contava com um grande número de admiradores.
          Luiz era natural de Bonsucesso, Minas Gerais, onde nasceu em 22 de abril de 1900. Era filho do Cap. Belchior de Freitas e de Maria de Sousa Freitas. Seu pai, antigo estudante do Caraça, fora contemporâneo, naquela escola, de grandes personalidades como, Carlos Fernandes das Chagas, entre outros. Belchior fora também redator de "A Via-Férrea", na cidade de Bom Sucesso e, tempos depois, funcionário da "Estrada de Ferro Oeste de Minas", como agente da estação Aureliano Mourão, em Bom Sucesso (11a) e depois foi para a "Sorocabana Railway". (11b) (11c) E em São Paulo é onde morre em 18 de setembro de 1931, aos 64 anos de idade, deixando viúva (11d) e os filhos Luiz, Cristovão, Osias, Plínio, Rita, Maria e Olinda..
      O espírito de clareza e a devoção às artes da imprensa do pai, Belchior, influenciaria determinantemente aos filhos, tanto que, Cristóvão de Freitas (irmão de Luiz) mais tarde (antes de tornar-se funcionário dos telégrafos em São Paulo) era redator de "O Apito", revista paulistana e Luiz teria uma vida toda dedicada à instrução e ao jornalismo.
          Luiz Concluiu os cursos disciplinares em Oliveira e lá foi diplomado em 1918, pela "Escola Normal de Oliveira", nos concursos para a formação de professores públicos de Minas. 
          Algum tempo depois ele fixa definitiva residência em Guarará, integrando o corpo docente do Grupo Escolar Ferreira Marques, onde torna-se o orador oficial. (9) Nesta cidade, além de professor, ele já desempenhava anteriormente, as funções de redator de "O Guarará", ao mesmo tempo que outo ilustre colunista e educador J. Paixão. E, na vida pública, posteriormente, Luiz atuaria como Secretário da Câmara Municipal, ajudante da coletoria e advogado.
          Em outubro de 1922, Luiz contraí matrimônio com uma filha, à época, de uma das mais conceituadas famílias. Sua esposa, Dona Guiomar Leite de Freitas era filha do casal Francisco Ferreira de Paula Leite e de Dona Josefina Bruno Leite; (*) irmã do proprietário de "O Guarará", Elcenor Leite e sobrinha de Afonso e Pedro Leite. (3) Os atos tanto o civil quanto o religioso, forma promovidos na casa do sogro, sendo testemunhas, por parte do noivo, o coronel Afonso Leite e o sr. João Furtado, e por parte da noiva o tenente Pedro Leite e o coronel Afonso Leite. As bodas de casamento foram regadas com finas bebidas, oferecidas ás pessoas presentes, brindando, por essa ocasião os nubentes o revmo. cônego Ângelo Rezende e os srs. Carlos de Ouro Preto Tarquínio Pereira e o coronel Afonso Leite. Após os brindes seguiu-se um baile, prolongando até altas horas. (3a)
          Além das aulas no Ferreira Marques, ele cria e dirige uma Escola Noturna, o Ateneu Matutino, um jornal literário e um Grêmio Estudantil.
          A Escola Noturna foi criada em 19 de novembro de 1919. Funcionando na parte superior do prédio da "Loja Maçônica Trabalho, Caridade e Luz", esquina da rua Cap. Gervásio com a Comendador Noronha. Assim foi o que noticiou o jornal "O Guarará" de 16 de novembro de  1919: "...Haverá, a 19 do corrente, em honra à Bandeira Republicana, no salão nobre da "Loja Maçônica Trabalho, Caridade e Luz", desta Vila, às 6 horas da tarde, a Inauguração da Escola Noturna dirigida pelo jovem professor Luiz de Freitas Santos, diretor do Externato dr. Raymundo Tavares e professor do grupo Escolar Ferreira Marques
          Esta escola, aqui fundada e mantida, com ensino gratuito, pela benemérita Loja Maçônica, toma este nobre e altruístico encargo de espalhar, pela nossa mocidade, a luz da instrução, levando-a  a todas as camadas do povo, vem preencher uma grande lacuna em nossa sociedade, qual seja a da falta de uma casa de ensino noturno para os rapazes. A festa de 19 tem, portanto, um caráter altamente significativo e imponente para o nosso povo, marcando um dos passos mais felizes para a nossa mocidade, que afluiu toda ao estabelecimento. O pugilo grande e simpático dos nossos moços ali estão no esforço pela cultura de sua inteligência, unidos e coesos, alegres e satisfeitos...." (b)
          As atividades da Escola Noturna eram de cunho não meramente estudantil, mas social, dela participavam os ingressos à escola, os literatos do Grêmio Literário (anexo à Escola Noturna), as autoridades e o povo, como se pode ver em "O Guarará" 4 de julho de 1920: "... Festejando a reinstalação de suas aulas, este próspero estabelecimento de ensino, mantido pela "Loja Maçônica Trabalho, Caridade e Luz", promoveu, pelo Grêmio Literário "Carlos Góes" soleníssima sessão literária, às 12 horas do dia 1º do andante (1 de julho de 1920).
          Cheio o salão de alunos e pessoas gradas, representantes da imprensa e da instrução, abriu a sessão com um longo improviso sobre O Momento, o professor da Escola e nosso companheiro de redação Luiz de Freitas Santos. Falou o profº Luiz de Freitas sobre o Dever, a Pátria, a Família, a Escola e o Trabalho. Fez um histórico do momento porque atravessa o mundo, após a guerra européia e principalmente o Brasil. Perorou com um belo hino à educação e à mocidade..."
          A Biblioteca Belmiro Braga, anexa ao Grêmio Literário Carlos Góes foi criada em 11 de março de 1920, como impresso no jornal "O Guarará" de 24 de março de 1920, que assim relata: "...Esta brilhante sociedade literária  fundada anexa a Escola Noturna, da Loja Maçônica Trabalho, Caridade e Luz, reuniu-se, em sessão extraordinária, a a 11 do corrente, em seu prédio próprio, para tomar conhecimento de urgentes medidas a se resolverem. Ficou assentada a fundação de uma biblioteca de acordo com os estatutos, e que tomou o nome de "Biblioteca Belmiro Braga". Para isso resolveu-se imprimir circulares afim de serem distribuídas com os amigos da educação do povo, pedindo livros, jornais, revistas, etc., para o arquivo da mesma. Também, combinou-se levar, pelos alunos do Grêmio, dois espetáculos, no teatro local, sábado e domingo da Páscoa, em beneficio da Biblioteca "Belmiro Braga", que se abrirá em dias úteis das 6 ás 9 horas da noite, e nas quintas-feiras, domingos, feriados e dias santificados do meio dia ás 2 boras da tarde."
          Na mesma oportunidade, como atesta o referido jornal, foi eleita a nova diretoria administrativa do Grêmio literário, assim constituída: Presidente, José de Oliveira Dutra; vice-presidente, Nicolino Retto; primeiro secretario, Antonio Carvalho; segundo secretario, Genésio Pereira dos Santos; primeiro tesoureiro, Aparicio Felisberto; segundo tesoureiro, Sebastião Pereira dos Santos; primeiro orador, Círio Vale; segundo orador, Heitor de Matos; primeiro bibliotecário, João Batista Vale; segundo bibliotecário, José Grassano. Fiscais do conselho de prestação de contas: Otto Dutra, Newton Vale e Arlindo Rodrigues. Comissão de adorno: Francisco Alvarenga, Adhemar Pisco, José Cordovil e Alvaro Raimundo. Coimissão de recepção: Otto Dutra, Olímpio de Paiva e Arlindo Rodrigues. Diretoria fiscal e permanente: diretor, Afonso Leite; presidente, Luiz de Freitas Santos. (8)
          Notadamente, outro fator a destacar-se no professor, grande incentivador da cultura e da literatura, era o civismo e o culto às letras, como evidencia-se pelas atividades do Grêmio estudantil Carlos Góes, criado e dirigido por ele para os alunos da Escola Noturna e que são bem percebidas em "O Guarará" de 18 de abril de 1920: "...Está importante e forte associação literária, anexa á Escola Noturna, desta Vila, festejará condignamente, no palacete em que funciona, a data do martírio de Tiradentes. Falara sobre o dia o profº da Escola e presidente nato do grêmio, profº Luiz de Freitas Santos. Seguir-se-á uma sessão cívico- literária. Convidam-se os interessados pela instrução a assistir à festa que terá início às 12 horas." (c)
          Luiz não apena fundara, ele era o Presidente, o regente do Grêmio Literário, e ainda membro da Diretoria Fiscal e Permanente, composta por ele, na qualidade de Presidente e de Afonso Leite, na qualidade de Diretor. E, para incrementar as atividades literárias e culturais, como bom redator e articulista que era, ele em 23 e abril de 1920, juntamente com Elcenor Leite, fundou o jornal literário "O Lírio" (13). A edição das matérias e os artigos de "O Lírio" estavam a cargo do Grêmio estudantil literário, que possuía (ele, o Grêmio) dentro de suas dependências, fundada pelo professor Luiz, a "Biblioteca Belmiro Braga".
          O Jornal literário "O Lírio" fora fundado em 23 e abril de 1920, (4), pelo professor Luiz de Freitas Santos e seu cunhado Elcenor Leite que eram seus redatores. Elcenor era, além de um homem das letras, um hábil jornalista e administrador do jornal, era também um comerciante de nome e renome, era proprietário da "Casa de Primeira Ordem", especializada em artigos finos, calçados e afins,
          Já o pequeno jornal, "O Lírio", administrado por ambos, era um órgão do Grêmio Literário Carlos Góes, continha um conteúdo pragmático, voltado para a instrução. Os moços do Grêmio, colaboravam na redação em seus diversos artigos, onde distinguia-se uma programação lítero-cultural. Formara-se assim uma verdadeira sociedade literária.
          E assim se expressavam, em reconhecimento ao valor do jovem professor as autoridades e a imprensa de então: "Luiz, ...a quem a nossa sociedade deve já valorosos serviços pelo muito que ele vem fazendo em prol da instrução, combatendo, - quer como professor do Grupo Escolar Ferreira Marques e da Escola Noturna, quer como jornalista, - o pior dos males que temos tido até aqui: o analfabetismo..." (7)
          Os anos de 1920, 21 e 22 foram, talvez, o de maior intensidade nas atividades de Luiz. No mês de maio de 1920, por exemplo, ele faz duas viagens lítero-culturais, como diz o jornal "O Guarará, de 09 de maio de 1920: "...O nosso prezado companheiro de redação, profº Luiz de Freitas Santos, na culta cidade de Juiz de Fora. no edifício do Fórum e em beneficio da caixa escolar do Grupo de São Matheus, fez uma conferencia literária, sob o tema - O olhar - recebendo muitos aplausos da grande e ilustrada assistência. Hoje, o jovem poeta e literato, deverá deleitar a culta sociedade de São João Nepomuceno com uma palestra literária - O sorriso - e que deverá ter lugar no belo Cine-Teatro, da importante empresa Manso."
          No ano de 1921, a escola realizava os seus cursos, suas festas literárias e suas premiações pela conclusão dos cursos, conforme atesta o jornal "O Guarará", de 4 de dezembro de 1921: "...Durante os dias 23, 24 e 25, realizaram-se, nesta casa de ensino, mantida pela Loja Maçónica desta Vila e dirigida pelo profº Luiz de Freitas, os exames do 1º, 2º, 3º e 4º anos, tendo funcionado os seguintes examinadores: Afonso Leite, Herman Gribel, Pedro Leite, professor Rabelo Campos, Luiz de Freitas e Antero Soares de Almeida..." (d)
Prédio da "Loja Maçônica Trabalho, Caridade e Luz"
          No ano seguinte (1922), Luiz resolve reabrir o "Externado Dr. Raymundo Tavares", que passa a funcionar nas mesmas dependências da Escola Noturna e contava em seu calendário com os cursos; Primário, Médio e Secundário. O Externato tivera sua existência de fato em fins de 1919, (10) tivera um tempo de inatividade e seus cursos foram reabertos por Luiz no dia 16 de janeiro de 1922, onde atuará como diretor. (1) Ambas as escolas funcionavam portanto na parte inferior do prédio da maçonaria, com as dependências preparadas para este fim.
          Tempos depois, em 1926, Luiz funda o "Ateneu Matutino" que teve as suas atividades iniciadas em 15 de janeiro daquele ano. (2) Assim reporta o jornal "O Guarará": "...Com a presença de grande numero de alunos, instalaram-se, no dia 15 deste (janeiro de 1926), as aulas deste próspero estabelecimento de ensino, aqui proficientemente dirigido pelo conhecido educador, Luiz de Freitas Santos,que, nesse posto, vem prestando enormes serviços á causa da educação da mocidade mineira, aparelhando, com civismo e solidez, a inteligencia de inúmeros moços para a luta da vida pratica. Já estão funcionando com regularidade os cursos secundário e comercial, e em fevereiro será instalado o curso complementar." (6)
         Porém não muito depois, em 1927, Luiz deixa Guarará e vai para a cidade de Bonsucesso. Lá ele vai lecionar na escola Normal "Benjamim Guimarães". Ele toma posse na "Escola Normal de Bonsucesso" em 1930, ao mesmo tempo que cria e dirige o Jornal "A Luz". (12) Não passa muito e ele muda-se novamente, desta vez ele vai para Rio Preto (1932). Por esta época o casal tem 6 filhos  pequenos. Sua esposa, entretanto vem a falecer em 27/12/1936.
          De suas atividades em Guarará, Luiz, além de professor e educador, tiveram um alcance mais amplo, ele foi Suplente de Juiz Federal (nomeado em fevereiro de 1924), Secretário da Câmara Municipal, e desempenhou funções na defensoria pública, atuando como advogado, como, por exemplo, em janeiro de 1926, no caso do processo-crime que a justiça publica moveu contra Otaviano de Souza e Nicomedes de tal. Luiz representou Octaviano nos autos, contra o dr. Maurilo Ernesto Corrêa, que representou Nicomedes. (5).
         Suas relações com a família Leite eram muito estreitas, por diversas vezes mantêm, ele e seus parentes e contraparentes, relações das mais diversas. É ele quem toma às vezes de orador na comemoração das Bodas de Prata do casal Afonso Leite e Carmosina Alvarenga Leite em 1 de agosto de 1926. É ele em que, por diversas ocasiões, em atos cívicos, festas comemorativas, políticas e escolares, divide lugares com alguns dos representantes da família, como Elcenor, Pedro, Afonso, etc.
           Já em Bom Sucesso, Luiz dirigiu o Colégio Mineiro e foi professor da Escola Normal. Dirigiu, em Guarará, o Grupo Escolar "Ferreira Marques", tendo sido diretor, também, da Escola Normal Oficial de Rio Preto, em Minas, onde atuou de 1932 a 1944.
        Luiz morreu em Belo Horizonte, no sanatório Marques Lisboa, no dia 12 de novembro de 1944, aos 44 anos. Era viúvo e deixou 5 filhos. (17)

GUARARÁ À ÉPOCA DE LUIZ
          Cabe ressaltar que ao mesmo tempo, ou um pouco antes disso tudo, em 1916, tornara-se diretor da Escola Ferreira Marques, o profº e farmacêutico Carlos de Ouro Preto. Este além de lecionar, é redator no jornal "O Guarará" e escreve discursos, textos políticos e poesias. Carlos de Ouro Preto fica como diretor até 1924.
          A "Loja Maçônica Trabalho, Caridade e Luz" teve sua atividade entre os anos 1918 e 1926 no distrito sede de Guarará, enquanto que na vizinha Pequeri, já era extinta a Loja Maçônica "Theodórica" (foi ativa entre os anos 1898 e 1912).  A esta última pertenceram Totila Frederico Unzer, o Dr. Antero Dutra de Moraes (orador da Loja), Lucio Cardoso Madeira, Augusto da Costa e Oliveira, José Francisco Lopes Neves, Luiz Latarola, Pedro Vieira de Matos, José Ribeiro de Oliveira e Silva, etc Foram 32 os fundadores e cuja instalação deu-se em 18 de setembro de 1898. O nome Thedórica, foi dado "em homenagem ao maior vulto da maçonaria brasileira", conforme assim justificado. (14) (15) (16)

FONTES E REFERÊNCIAS:
1 - Jornal "O Guarará", 16 de novembro de 1919;
2 - Jornal "O Pharol", Ano LXI, N. 1128, Juiz de Fora, quarta-feita, 27 de janeiro de 1926
3 - "Bicas Jornal", Ano I,  N. I, Bicas, 26 de julho de 1925;
3a -  "O Jornal", quinta, 19 de outubro de 1922
4 - Jornal "O Guarará" de 01/10/1939, pg.2;
5 e 6 - Jornal "O Pharol", 26 de janeiro de 1926;
7- Jornal "O Guarará" de 18 de abril de 1920;
8 - Jornal "O Guarará" de 24 de março 1920;
9 - Jornal "O Guarará" de 18 de dezembro 1921;
10 - Jornal "O Guarará" de 27 de setembro de 1919; 

11a- Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro (Almanak Laemmert) para 1907 e 1908;
11b- Jornal "O Guarará", ANNO III, N.º 29, pg 3 - Guarará, 1 de janeiro de 1920;
11c- Jornal "Correio Paulistano", sexta-feira, 2 de fevereiro de 1912;
11d - O Jornal "O Município" de 11 de outubro de 1931, aponta como viúva de Belchior, Dona Bárbara de Freitas e não Dona Maria de Sousa Freitas;  
12- Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro (Almanak Laemmert) para 1930 e 1931;
13 - Jornal "O Guarará" de 25 de abril de 1920;
14- Jornal "Gazeta de Noticias", Ano XXIV, N. 262 - Rio de Janeiro, segunda-feira, 19 setembro de 1898;
15- Boletim do Grande Oriente do Brasil - 1871 a 1899;
16- Jornal "O Pharol", domingo, 29 de maio de 1904;

17-Jornal "Gazeta de Paraopeba", ANO XXXIV, Nº 1.868, Paraopeba, 11 de fevereiro de 1945. 


TEXTOS COMPLEMENTARES:
(*) O casal Francisco Ferreira de Paula Leite (18/12/1839-19/11/1891) e Elizenda Silveira de São José (6/5/1853-12/4/1939), eve três filhos:
1Francisco de Paula Leite (17/8/1876-20/7/1925) e esposa Josefina Bruno Leite, além dos filhos Elcenor Leite, Elza Leite, Edith Leite, Jordelina Leite, Yara Leite, Otília Leite, Francisca Leite Guimarães (casada com Alvino Guimarães) e Guiomar Leite de Freitas (    -m.27/12/1936), casada com Luiz de Freitas Santos; Maria Leite (casada com João di George), teve mais outro(a) filho(a), num total de dez. Sua esposa morre em 1921. Guiomar e as irmãs Edith Leite, Jordelina Leite e Yara Leite passam a residir em Guarará, vindas se sua terra natal Cordisburgo no final de 1921 (conforme atesta o Guarará de 04 de dezembro de 1921, p3).
          1-1) Elcenor Leite (28/10/1896-6/3/1981), casou-se com Joanna Viggiano Leite (6/4/1897 - ????) e tiveram por filhos: Maria José Leite, José Maria Leite e Tércio Leite.

2) Pedro Leite era casado com Ambrosina Pires Leite

3) Afonso Leite era casado com Carmosina de Alvarenga Leite (15/7/1865-17/2/1948)

(b) PROGRAMAÇÃO
PRIMEIRA PARTE:
I - Discurso de Instalação da Escola e Inauguração da Bandeira no salão nobre da Loja Maçônica, pelo jornalista Afonso Leite.
II - Discurso pelo profº. Luiz de Freitas Santos.
III - Posse da diretoria do Grêmio Literário "Carlos Góes" e juramento do código do Grêmio.
Discurso por Apolinário Camões.

SEGUNDA PARTE:
IV - Saudação à Bandeira pelo aluno José de Oliveira,
V - Discurso oficial, pelo primeiro orador do Grêmio, Aparicio Felisberto.
VI - "As árvores", poesia por João Batista Vale.
VII - "A nau da Liberdade", por ala poesia por José Alvarenga Bastos.
VIII - "A Cidade do Luz", poesia por José Cordovil.
IX - "Desdém", poesia por Nicolino Retto Júnior.
X - "Cativos", poesia pelo segundo orador do Grêmio, Antônio da Silveira Carvalho.
XI - "A Bandeira", poesia pelo aluno Elcenor Leite.
XII - "Estudo anatômico", poesia pelo aluno José Menezes da Silva.
          Abrilhantará as festividade a apreciadíssima banda de musica local. Seguir-se-à animada "soirée" dançante até às 2 horas da madrugada.
         Foram designadas as seguintes comissões: de recepção, de buffet e de adorno dos salões. Na de RECEPÇÃO ficaram os alunos Álvaro Ribeiro da Silva, Aparício Felisberto, José Grassano e Elcenor Leite; na de BUFFET, os alunos José de Oliveira Dutra, Nicolino Retto, Apolinário Camões e José Alvarenga Bastos e na de ADORNO ficaram Marciano de Paula Monteiro, Antonio de Carvalho, José Olímpio de Paiva, Luiz de Freitas e Aníbal Corrêa. (jornal "O Guarará" de 16 de novembro de  1919).

(c) PROGRAMAÇÃO DO 21 DE ABRIL DE 1920
          O "Grêmio Literário Carlos Góes", forte Instituição anexa á "Escola Noturna", promoveu brilhante festividade cívico-literária, em comemoração à data que nos adverte o sacrifício de Tiradentes..
          Ao meio dia, sob a presidência interina do profº Luiz de Freitas Santos, fundador do Grêmio e titular da "Escola", teve Inicio a festa com o comparecimento de vinte e seis alunos e pessoas gradas. Convidou o sr. Luiz de Freitas para tomarem assento à mesa o sr. Cap. Pedro Afonso Leite, como digno representante da "Loja Maçônica Trabalho, Caridade e Luz" e como talentoso diretor e representante desta folha; o sr. Elcenor Leite, como distinto representante da "Gazeta de Paraopeba"; o sr Genézio Santos, como secretário do Grêmio Literário, e o sr Nicolino Retto, como vice-presidente em exercício, a quem passou , a seguir a pressidencia da mesa.
Fez-se executar, após, o programa abaixo:
I - Preleção sobre a data pelo profº Luiz de Freitas.
II - Saudação à Bandeira pelo aluno Agenor Alvarenga.
III - Discurso sobre Tiradentes, pelo 1º orador do Grêmio, Sr. Sirio Vale
IV - A liberdade, poesia, por Newton Vale
V - O Gil, poesia por Fued de Carvalho
VI - Ao Pavilhão, poesia por João de Paulo Monteiro.
VII - Os 3 olhares de Maria, belíssima poesia de Luiz Delfino, por Sirio Vale.
VIII - Poesia do brilhante e saudoso Francisco Octaviano - por Otto Dutra de Moraes.
IX - O Sorvedouro página em prosa de Victor Hugo, por João Batista Vale.
X - A Bandeira, versos de Luiz de Freitas, por Alfredo Custódio Gonçalves. ( (jornal "O Guarará" de 25 de abril de 1920).

(d) O RESULTADO DOS EXAMES FOI O SEGUINTE:
1º ano: Aprovado com distinção, grau 12: Luís Alves Cratiú, Distinção grau 10: Osorio Toledo, Plenamente, 9: Arnaud Gribel e Otacilio Amadeu. Plenamente, 8: José Ferreira Campos, Plenamente 7: Alderico Guimarães e José Camões, Simplesmente 6: Pedro Custodio e Heitor de Paula.
2º ano: Distinção 12: Carlos Toledo. Distinção 10: Sebastião Gomes e Otacilio Toledo. Reprovado 1.
3º ano:  Distinção 12: Newton Vale. Distinção 10: Eloy José Vieira. Plenamente 9: Lino dos Santos e Alfredo Custodio. Plenamente 8: Altair Guimarães.
4º ano: Distinção 12: José Camões Júnior. Distinção 10: José Cordovil. Plenamente 9: Sebastião Soares de Almeida.
A "Escola Noturna", mantida pela Loja Maçónica Trabalho, Caridade e Luz. desta Vila, preparará solene festividade para o dia 8, ás 18 horas, afim de conferir diplomas aos alunos que terminaram o curso primário e prêmios aos que mais se distinguiram nos exames do presente ano letivo.
Ficou escolhido paranifo dos alunos o nosso talentoso diretor, tte. Pedro Leite, digno venerável daquela Instituição.
Em nome da turma falará o diplomando José Camões Júnior. Há os seguintes prêmios instituídos:
1º ano masculino: 1º prêmio Pátria e Família, instituído por Antero Soares de Almeida; 2º premio "Afonso Leite", instituido por Luis de Freitas.
2º ano:  "Prêmio Dom Pedro II", oferecido por Afonso Leite.
3º ano:  Prêmio "Caridade e Dever" oferecido por José Vieira Camões.
4º ano: Prêmio "Carlos de Ouro Preto Pereira", oferecido pelo paraninfo Pedro Leite.
Para o torneio literário há os seguintes premios:
1º lugar: "Premio Luis de Freitas", oferecido pelo ilustrado professor Rabelo de Campos. 2º lugar: "Premio Raymundo Tavares" e 3º lugar "Premio Carlos Góes". (Jornal "O Guarará", de 4 de dezembro de 1921)

VER TEXTOS E POESIAS DE LUIZ DE FREITAS SANTOS

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