José Telles de Menezes, nasceu
em 12 de fevereiro de 1851 em Laranjeiras, Sergipe. Seus pais eram
Manuel Teles de Menezes e Maria de São José Telles. Depois dos
cursos preparatórios no Colégio do Prof. Abílio Borges (Barão de
Macaúbas) na capital baiana, a seguir mudou-se para a capital
federal (Rio de Janeiro) como ingresso na faculdade de medicina,
formando-se em 03 de janeiro de 1878.
Do Rio de Janeiro seguiu para Guarará onde exerceria as funções de
médico clínico. (1)
Àquele tempo (ou aproximadamente) Guarará e seus distritos contavam com outros grandes médicos:
José Augusto de Gouvêa, Francisco Baptista Alvarenga, Dr. Ernesto
de La-Cerda, Dr. Emílio Horta, Dr. Vito Leão e igualmente com bons
farmacêuticos: José Maria de Aguiar Pinto Coelho e Mário de
Miranda Horta (Proprietário da Farmácia São José de Bicas, Fidelino Félix
Ferreira, etc.
Em 1882, já residindo em em Bicas, distrito de Guarará, ele se casa com Maria do Carmo Monteiro Bastos, sobrinha do Barão de Cattas Altas. (11a) (11b)
Em 1882, já residindo em em Bicas, distrito de Guarará, ele se casa com Maria do Carmo Monteiro Bastos, sobrinha do Barão de Cattas Altas. (11a) (11b)
Com
a efervescência do Movimento Republicano, mormente após o advento
da lei de 13 de maio de 1888, tornou-se grande defensor das ideias
republicanas e, juntamente com Antero Dutra de Moraes e o Barão de
Cattas Altas, organizaram, na então Vila do Espírito Santo do Mar
de Hespanha, o Partido Republicano.
No
período de __/__/__ a __/__/__ ele exerceu o cargo de vereador eleito da Câmara Municipal de Mar de Espanha.
Em
1890, com a criação do município de Guarará, foi ali intendente
por nomeação do governo, conforme noticiado pelo jornal juizforano
“O Pharol”: “O concelho de Intendência municipal da vila do
Guarará, recentemente criada, está assim constituído presidente:
Barão de Cattas Altas; membros, dr. José Telles de Menezes e Antonio
Francisco de Souza. Adjuntos Randolpho Monteiro de Paula e Firmin
François Alibert. Alem destes forma nomeados os cidadão Olympio
Domingues da Sil,a, Arthur Vidal Leite Ribeiro e Francisco de Paula
Gomes como 1º, 2º e 3º suplente de delegado. O primeiro dos
mencionados entrou ontem em exercício”, ou seja 16 de fevereiro de 1891. (2)
Pode-se entender entretanto que Menezes não fora um mero espectador ou simples coadjuvante, mas sendo ele já uma autoridade política e republicana, anteriormente à emancipação do município e presente à sessão que propugnou a constituição da Vila e suas autoridades, seu nome ali firmado na ata e mais o fato de ser nomeado em seguida um dos membros do Conselho Efetivo da Intendência, pode-se inferir que teve uma grande ou considerável participação em todo o processo. Como membro do Conselho Efetivo da Intendência ele permanece até (...) de 1891 quando, exonerado à pedido, é substituído pelo Cel. José Ribeiro de Oliveira e Silva, nomeado para ocupar a posição vaga na Intendência Municipal. (2a)
Quer parecer que Menezes, com sua exoneração, pretendia abster-se dos compromissos municipais para ater-se a outros empreendimentos, como a "Companhia União dos Lavradores", criada para consignações do café, produto que estava em alta e alavancava sobretudo a região. Com estas atividades, há se ter em conta que ele continuava representando os interesses do município. Neste empreendimento estavam também o Dr. Antero Dutra de Moraes, José Antônio Barreiros, Francisco Ciribelli e Manoel de A. G. Modesto, que participavam como diretores, enquanto ele, Menezes era o Presidente da Cia. Ela, a Companhia, foi instalada, na cidade do Rio de Janeiro, em 31 de junho de 1891 e começou as suas operações com um capital inicial a quantia de 2.000:000$. (3)
Pode-se entender entretanto que Menezes não fora um mero espectador ou simples coadjuvante, mas sendo ele já uma autoridade política e republicana, anteriormente à emancipação do município e presente à sessão que propugnou a constituição da Vila e suas autoridades, seu nome ali firmado na ata e mais o fato de ser nomeado em seguida um dos membros do Conselho Efetivo da Intendência, pode-se inferir que teve uma grande ou considerável participação em todo o processo. Como membro do Conselho Efetivo da Intendência ele permanece até (...) de 1891 quando, exonerado à pedido, é substituído pelo Cel. José Ribeiro de Oliveira e Silva, nomeado para ocupar a posição vaga na Intendência Municipal. (2a)
Quer parecer que Menezes, com sua exoneração, pretendia abster-se dos compromissos municipais para ater-se a outros empreendimentos, como a "Companhia União dos Lavradores", criada para consignações do café, produto que estava em alta e alavancava sobretudo a região. Com estas atividades, há se ter em conta que ele continuava representando os interesses do município. Neste empreendimento estavam também o Dr. Antero Dutra de Moraes, José Antônio Barreiros, Francisco Ciribelli e Manoel de A. G. Modesto, que participavam como diretores, enquanto ele, Menezes era o Presidente da Cia. Ela, a Companhia, foi instalada, na cidade do Rio de Janeiro, em 31 de junho de 1891 e começou as suas operações com um capital inicial a quantia de 2.000:000$. (3)
Nos
meses de maio e junho (principalmente) de 1892, a Companhia União
dos Lavradores enfrentou um grande problema referente a um inquérito
policial que corria sob sigilo, encabeçado pelo delegado, o Dr
Monteiro Manso, também ele um comitente de café. O que ocorria em
realidade era a apuração de responsabilidade por um desfalque na
extinta e homônima Companhia União dos Lavradores, por conta da
circulação de cédulas e letras hipotecárias, e que encerrara suas
atividades a mais de dez anos, mas que, dada a proximidade das novas
safras, os opositores da então existente, inocente e nova Companhia
União dos Lavradores, ventilaram uma campanha sobre os desfalques
investigados.
O
Dr Monteiro Manso de público e sendo ele o delegado investigador
entretanto tratou de sanar os mal entendidos e esclareceu sobre as
manobras dos opositores em circular e mais que o referido processo em
sigilo nada tinha que ver com a Companhia presidida pelo dr. Menezes
e que tinha sua sede À Rua dos Beneditinos, n. 28. (4)
Não tarda muito, em 30 de maio de 1894, a Companhia União dos Lavradores é extinta dando lugar a sua sucessora a Menezes, Ciribelli & C., criada pelo próprio José Telles de Menezes, Francisco Ciribelli e Manoel de Almeida Guimarães Modesto. Atuando como sociedade comandita, e no mesmo ramo de atuação que a precedente, no mesmo endereço à Rua dos Beneditinos 28, ela tem entre seus associados os Srs. tenente-coronel Manoel Lobato G. São Martinho, Dr. Antero Dutra de Moraes, José Antonio Barreiros, tenente-coronel Júlio Modesto do Almeida, Herculano José de Castro, Laurindo Quirino da Rocha, major Guilherme Antonio de Carvalho, padre João Passarelli, João Batista Ciribelli, capitão Joaquim Gomes de Araujo Porto e Dr. Necésio José Tavares. (4a)
Já no ano seguinte, obrigado pela doença que o vitimaria, ele volta à terra que escolhera, e onde tinha seus negócios. Em 20 de julho de 1895 ele é nomeado Inspetor Escolar do distrito de Bicas, município de Guarará, (5) lugar onde ele tinha seus negócios e onde escolhera em seu retorno da Capital Federal. O seu retorno era também motivado pela enfermidade que o acometera e que por fim o vitimaria.
Não tarda muito, em 30 de maio de 1894, a Companhia União dos Lavradores é extinta dando lugar a sua sucessora a Menezes, Ciribelli & C., criada pelo próprio José Telles de Menezes, Francisco Ciribelli e Manoel de Almeida Guimarães Modesto. Atuando como sociedade comandita, e no mesmo ramo de atuação que a precedente, no mesmo endereço à Rua dos Beneditinos 28, ela tem entre seus associados os Srs. tenente-coronel Manoel Lobato G. São Martinho, Dr. Antero Dutra de Moraes, José Antonio Barreiros, tenente-coronel Júlio Modesto do Almeida, Herculano José de Castro, Laurindo Quirino da Rocha, major Guilherme Antonio de Carvalho, padre João Passarelli, João Batista Ciribelli, capitão Joaquim Gomes de Araujo Porto e Dr. Necésio José Tavares. (4a)
Já no ano seguinte, obrigado pela doença que o vitimaria, ele volta à terra que escolhera, e onde tinha seus negócios. Em 20 de julho de 1895 ele é nomeado Inspetor Escolar do distrito de Bicas, município de Guarará, (5) lugar onde ele tinha seus negócios e onde escolhera em seu retorno da Capital Federal. O seu retorno era também motivado pela enfermidade que o acometera e que por fim o vitimaria.
Permanece
neste cargo por alguns anos, em 1897, conta o registro de uma
quantidade de livros enviados pela Secretaria do Interior do Estado,
ao município de Guarará, os quais, por ser sua incumbência, ele
deveria repassar aos professores: “Ao
Dr. José Telles de Menezes, inspetor escolar municipal de Guarará,
para as escolas urbanas regidas pelas professoras d. Olympia Santos e
d. Flavia da costa Milagres, para as distritais regidas pelos
professores: Bernardino Pinto da Cunha Fernandes e d. Josephina de
Mello, Antonio de Moura Freitas e d. Placindina Viçosa Dias Semin.”
(6) (7)
No
ano seguinte, no dia 18 de janeiro (de 1898), ele é nomeado
“Delegado de higiene e de vacinação do município de Espirito
Santo de Guarará” (8) (9) e no dia 04 de fevereiro
é exonerado, a pedido, do cargo de Inspetor Escolar municipal de
Guarará. (10) Todavia por
motivos outros ele declina de sua nomeação e transfere residencia
para a Capital Federal, alegando que o fazia por ter que atender a
“negócios de interesses”. (11)
Menezes
vitimado pela moléstia que o acompanhara desde muito, morreu em
Bicas, Guarará, no dia 24 de julho de 1916.
OBRAS
ESCRITAS:
Tese
dissertativa – “Dos bromuretos, sua ação fisiológica e
terapêutica”, cujas proposições consistiam em: Seção
acessória. Do infanticídio. Seção cirúrgica. Dos estados gerais
do indivíduo que podem influir para a produção da queratite.
Seção médica. – Febre amarela. Tese apresentada à Faculdadede
Medicina do Rio de Janeiro em 20 de agosto de 1877 para ser
sustentada por... a fim de obter o grau de doutor em medicina. Rio de
Janeiro, 1877, 72 págs. in. 8º. Tipografia do Apóstolo. (12)
REFERÊNCIAS:
1 - Jornal "PHAROL", Juiz de fora, 06/03/1886;
2 - Jornal "PHAROL", Juiz de fora, 17/02/1891;
2a - Jornal "A Ordem", ANNO II, N. 121 - Ouro Preto, 22 de agosto de 1891;
3 - Jornal "PHAROL", Juiz de fora, 02/07/1891;
3 - Jornal "PHAROL", Juiz de fora, 02/07/1891;
4 - Jornal "PHAROL", Juiz de fora, 23/06/1892;
4a- Jornal "O Paiz" de 18 de junho de 1894, pg 7
4a- Jornal "O Paiz" de 18 de junho de 1894, pg 7
5 - Jornal "Minas Gerais" - Ouro Preto, 24/07/1895 - pg 12;
6 - Jornal "Minas Gerais" - Ouro Preto, 23/08/1897 - pg 1;
7 - OLIVEIRA, Eliana de - (O PROCESSO DE PRODUÇÃO DA PROFISSÃO DOCENTE: PROFISSIONALIZAÇÃO, PRÁTICA PEDAGÓGICA E ASSOCIATIVISMO DOS PROFESSORES PÚBICOS PRIMÁRIOS EM MINAS GERAIS (1871 - 1911) - Programa de Pós Graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social Faculdade de Educação – Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2011 pg 71 e 72;
8 - Jornal "Minas Gerais" - Ouro Preto, 23/01/1898 - pg 3;
9 - Jornal "Minas Gerais" - Ouro Preto, 26/02/1898 - pg 2;
10 - Jornal "Minas Gerais" - Ouro Preto, 11/02/1898 - pg 3;
11 - Jornal "Minas Gerais" - Ouro Preto, 13/03/1898 - pg 1;
11a - Winson de Lima Bastos - Badalo do Sino
11b - Jornal "O Apóstolo", quarta-feira, 20 de dezembro de 1882 e Jornal "Gazeta de Notícias", quinta-feira, 21 de dezembro de 1882;
11a - Winson de Lima Bastos - Badalo do Sino
11b - Jornal "O Apóstolo", quarta-feira, 20 de dezembro de 1882 e Jornal "Gazeta de Notícias", quinta-feira, 21 de dezembro de 1882;
12 - GUARANÁ, Armindo – Dicionário Biobibliográfico Sergipano. Rio de Janeiro, 1927, pg 352.
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