Joaquim
Fróes Vieira Pisco, foi um dos grandes nomes do jornalismo na
região, que diga-se a propósito, os tinha fartamente.
Era
na verdade um empreendedor, um empresário e o detentor, por direito,
do nome ou logomarca "O
Guarará"
que fora a empresa jornalistica criada por Ladislau
Rabelo de Vasconcelos, José Otaviano Padilha e Theodolindo Ferreira
de Assis em 15 de maio de 1892, empresa essa que ele adquiriu
dos referidos.
No ano seguinte à criação de "O Guarará", J. F. Vieira Pisco, em 13 de abril de 1893, funda o "Correio de Bicas", (1) na estação de Bicas, então distrito de Guarará, onde atuará como gerente e redator. E, somente em 1896, conforme noticiado pelo "Minas Gerais", de Ouro Preto é que ele torna-se proprietário e editor de "O Guarará". (2)
Por algum tempo ele cumula, em suas funções jornalísticas, a redação de "O Pomba". Mantém uma relação com os jornais da região, mormente com os juizforanos "Correio de Minas" (7a) e "O Pharol", sendo que por vezes visita as oficinas dos referidos.
Em fins de 1900 passa a residir definitivamente em solo guararense
(3). Junto com a esposa Jovelina
Cruz Vieira Pisco (filha de Dona Maria Cândida da Cruz), com quem se casara em 12 de janeiro de
1893. (3a) (4) Todavia mesmo antes de firmar-se definitivamente em solo guararense, suas atividades e colaborações eram sentidas, era um cidadão de bem acima de tudo. Em 10 de agosto de 1894 ele engrossa a lista dos cidadão que apoiam a candidatura do dr, Christovao de Freitas Malta, como deputado do Congresso Estadual. (5) Em 16 de julho de 1896 ele reporta-se ao jornal o "Correio de Minas" para elucidar alguns pontos dissidentes relativos à política local (6) Em dezembro de 1892 ele é nomeado 1º suplente de delegado de polícia de Guarará (7) Em 02 de maio de 1905, no exercício do cargo de ajudante de procurador da República, ele convoca, os membros da junta, que se incumbirá do alistamento eleitoral, segundo a nova lei federal. (8)
Além de redator, exímio jornalista, homem público, J. F. Vieira Pisco era também um literato, no sentido expresso que a palavra pode comportar, ele escrevia algumas poesias ou quadras, ao modo popular e as assinava sob o pseudônimo de Joapis. (9)
Ainda como redator e como homem de imprensa, preocupado como é óbvio com a instrução e o nível de escolaridade ou a falta dela, J. F. Vieira Pisco lança, em fins de 1905, uma campanha chamada de "patriótica" pela imprensa que a ela aludiu e que consistia na fundação de uma escola primária a partir das assinaturas de "O Guarará" que fossem feitas pelas Câmaras de municípios vizinhos. (10) E, em fevereiro de 1906 ele integra a comissão que tratará de reconstruir prédios da cidade que foram parcialmente destruídos pelas fortes chuvas que castigaram a região durante um mês ininterruptamente. (11)
No início de 1906 nascem-lhe os filhos Mery e Antônio (12) e neste mesmo ano, em 13 de junho, morre a sra. Adelina Vieira Pisco, sua cunhada, esposa do seu irmão Antonio Adhemar Vieira Pisco (13) e, pouco tempo depois ele transfere-se para a capital da Guanabara, para ocupar o cargo para o qual foi nomeado de porteiro da Caixa de Conversão (14) (com isso a circulação de "O Guarará" ficará interrompida por algum tempo até quando seria retomada por uma associação formada para este fim e que teria à sua frente o prof Irineu Cândido de Souza).
As relações com os redatores e com os literatos guararense sempre estiveram presentes, mormente os de "O Guarará", assim é que se percebe em Luiz de Freitas Santos que dedica-lhe um poema "A Fé". (15)
Seus filhos Francisco, Arthalides (16) e Iracema são normalistas na capital da Guanabara, e a última Iracema, mantendo a tradição nata do pai, torna-se redatora do jornaleto "O Gorjeio", editado pelo Grêmio Literário Alberto de Oliveira, do Ginásio Delfim Moreira de Guarará (17) fundado pelo jornalista, escritor e poeta, co-fundador da Academia Mineira de Letras, José Francisco da Paixão (J. Paixão), que assinava alguns de seus artigos na juizforana com o pseudônimo de Jopax. Sendo este também, como Luiz de Freitas Santos, um dos redatores de "O Guarará". Pisco por esta época colaborava em "O Guarará", seus artigos eram assinados com o pseudônimo de "Frei Vieira". (17a)
Na capital da Guanabara, J. F. Vieira Pisco, em 1920, é transferido do cargo de porteiro da Caixa de Conversão (então extinta) para a Diretoria de Estatística Comercial. (18) e, em seguida, é novamente transferido para o Laboratório Nacional de Análises, na mesma função. (19)
Em 1924, no dia 31 de outubro, morre-lhe o filho, ainda jovem, Francisco Pisco, recentemente diplomado pela Escola Normal do Rio de Janeiro (20) e, dois anos depois, em 19 de junho de 1926, aposentado e em tratamento de saúde no município de Guarará, morre o Cel Joaquim Fróes Vieira Pisco, deixando uma lacuna irreparável na imprensa de Guarará. (21)
Como jornalista, homem público, cidadão, J. F. Vieira Pisco deu a sua contribuição, perene contribuição para a sociedade que, durante muito anos, representou. Não fora ele a história da imprensa na região estaria incompleta. Haveria um lacuna irreparável.
Seus artigos, convido para que se os leia, eram sóbrios, atuais e profundos. Precediam uma ótica madura e coerente sobre os fatos e sobre a vida a seu tempo. Falar sobre a imprensa na região e não falar de J. F. Vieira Pisco seria pontificar ou ponderar sobre um trabalho fadado a ser incompleto.
Na capital da Guanabara, J. F. Vieira Pisco, em 1920, é transferido do cargo de porteiro da Caixa de Conversão (então extinta) para a Diretoria de Estatística Comercial. (18) e, em seguida, é novamente transferido para o Laboratório Nacional de Análises, na mesma função. (19)
Em 1924, no dia 31 de outubro, morre-lhe o filho, ainda jovem, Francisco Pisco, recentemente diplomado pela Escola Normal do Rio de Janeiro (20) e, dois anos depois, em 19 de junho de 1926, aposentado e em tratamento de saúde no município de Guarará, morre o Cel Joaquim Fróes Vieira Pisco, deixando uma lacuna irreparável na imprensa de Guarará. (21)
Como jornalista, homem público, cidadão, J. F. Vieira Pisco deu a sua contribuição, perene contribuição para a sociedade que, durante muito anos, representou. Não fora ele a história da imprensa na região estaria incompleta. Haveria um lacuna irreparável.
Seus artigos, convido para que se os leia, eram sóbrios, atuais e profundos. Precediam uma ótica madura e coerente sobre os fatos e sobre a vida a seu tempo. Falar sobre a imprensa na região e não falar de J. F. Vieira Pisco seria pontificar ou ponderar sobre um trabalho fadado a ser incompleto.
FONTES E REFERÊNCIAS
(1) - Recebemos o
Correio de Bicas novo colega que acaba de surgir na estação de
Bicas (13 de abril de 1893) deste estado, sob a redação e gerência
de Joaquim F V Pisco
Jornal "Minas Gerais", Ouro Preto, terça-feita, 18/04/1893;
(2) - O Guarará, hebdomadário republicano, que recomeçou a sua publicação na Vila do Guarará, neste estado, apresenta-se agora em formato aumentado e com maior número de páginas é seu redator o sr. Joaquim Pisco
(2) - O Guarará, hebdomadário republicano, que recomeçou a sua publicação na Vila do Guarará, neste estado, apresenta-se agora em formato aumentado e com maior número de páginas é seu redator o sr. Joaquim Pisco
Jornal "Minas Gerais", Ouro Preto, terça-feita, 13/05/1896;
(3) - Jornal "O Pharol, de terça, 27 de novembro de 1900;
(3a) - Jornal "A Noite", de sábado, 12 de janeiro de 1918;
(3) - Jornal "O Pharol, de terça, 27 de novembro de 1900;
(3a) - Jornal "A Noite", de sábado, 12 de janeiro de 1918;
(4) Deste casamento surgiriam os filhos, Francisco Pisco, Nery Pisco, Artalides Pisco e Iracema Pisco. Em Guarará residia também o seu irmão Antonio Adhemar Vieira Pisco e esposa Adelina Vieira Pisco, cujos filhos seriam João Pisco, Aldhebara Pisco, Diva Pisco e Adhemar Pisco;
(5) Nós, abaixo
assinados, eleitores no município de Espirito Santo de Guarará,
apresentamos para deputado no Congresso de Estado, pela 2.ª
circunscrição eleitoral, o dr, Christovao de Freitas Malta e
declaramos nele votar nas próximas eleições.
Espírito Santo de
Guarará, 10 de agosto de 1894.
José Telles de
Menezes, Barão de Cattas Altas, Álvaro Fernandes Dias, Francisco
Ferreira Nunes de Assis, Jeronimo Dias Mendes, Manoel José Ferreira
Primo, Manoel José Ribeiro de Araújo (?-12/12/1919), Manoel Ferreira Júnior,
Augusto César Vidal Câmara, Leopoldino Eustáquio de Araújo, José
de Faria Simões, Domingos Juliani, Ladislau Rabelo de Vasconcelos,
Manoel José da Cunha, Francisco Gonçalves de Souza, Ostiano José
da Cunha, Francisco José Bastos de Campos, Antonio José Bastos
Pinto, Francisco José de Andrade, João Teixeira de Cerqueira,
Serafin G. Filgueiras Júnior, Joaquim Dias Mendes, Joaquim José de
Souza, Belando José da Cunha, Francisco Fernandes Padrão, Joaquim
Antonio Braga, João Luiz Alves Viana, Virgílio Mascarenhas, Firmino
Justiniano de Campos, Antonio Eugênio de Barros, Vigilato A. Cunha,
Miguel Lamarca, Romário Gonçalves de Souza, Antonio José da Silva
Rezende, Joaquim Fròes Vieira Pisco, Antônio José Ferreira
Barroso (n ? - m 10/04/1913), Francisco Barnabé da Fonseca Barroso, Manoel Severino Dias
Simim, Benevenuto Otaviano de Souza, Américo de Souza, Adolfo Falcão
Ribeiro Bastos, José Antonio de Oliveira, José Ribeiro de Oliveira
e Silva, Sebastião Teixeira do Rosário, Januário José Pires,
Leocádio Alves de Souza, Domingos Dias de Carvalho, Cândido
Rodrigues da Costa, Antonio Granado, Manoel Portes Carneiro, Manoel
Luiz de Oliveira, Manoel Ferreira da Silva Primo, Francisco Carneiro,
Francisco Nunes Coelho, Belarmino de Freitas, Carlos Antonio Friaça,
Silvestre da Silva Braz, Antonio Garcia de Matos Júnior, Fortunato
Pacheco da Silva, Antonio Ferreira Vidal, Umbelino Gonçalves da
Silva, Joaquim Antonio da Silva Pimenta, José Domingues Ferreira,
José Nunes Coelho, Luiz Mega, Vital de Souza, Arlindo Ribeiro de
Oliveira, Custodio Laurentino de Almeida, José Gonçalves Marques,
Onofre Camilo de Campos, Manoel Nóbrega, João Garcia, José Martins
Fagundes, Antonio Alberto Gomes Baião, Manoel Pereira dos Santos
Espalha, Joaquim Monteiro Bastos, Francisco de Paula Freitas, Firmino
Dias Tostes, Manoel de Melo Sobrinho, Manoel Teles de Menezes,
Joaquim Gregorio da Silva, Sebastião de Paula Freitas, Hermenegildo
Martins Fagundes, Laudelino Rabelo de Vasconcelos, Antonio José
Bastos Barbosa, João Rabelo de Vasconcelos, José Vaz da Mota,
Ananias Justino Teixeira Leite, Joaquim Fernandes Maia, Zacarias
Fernandes Teixeira, Casemiro Antonio de Rezende, Horacio Hilário de
Paula, Firmino Francisco Friaça, Francisco José Friaça, Severino
Batista da Silva, Avelino Martins Fagundes, José Batista da Silva,
Francisco Antonio da Mota.
(Estão reconhecidas as firmas).
Jornal "O Estado de Minas", de 10/11/1894;
(6) - Matéria
Da
Estação de Bicas recebemos o seguinte telegrama:
“Correio
de Minas - Juiz de Fora. O telegrama publicado na Gazeta de Notícias
de ontem não representa a verdade. Agente Executivo Municipal
divorciado da câmara e não apoiado pela opinião pública,
coloca-se fora da lei, traindo o partido constitucional que o elegeu.
As assinaturas de tal telegrama são na máxima parte de crianças e
indivíduos sem imputabilidade.”
“Guarará,
16 de julho de 1896.
Álvaro
Fernandes Dias, presidente da câmara municipal, Felício da Silva
Cintra, vereador; Cap. Luciano Martins de Oliveira, vereador;
Claudiano de Matos, vereador; Horácio Furtado, vereador; Cap.
Antonio Alberto Gomes Baião, vereador; Tte. Francisco Ferreira Nunes
de Assis, presidente do Conselho Distrital de Bicas; Alferes
Clarimundo de Oliveira, conselheiro; Sebastião Gomes Baião,
conselheiro; Alferes Antonio Vital, conselheiro da Vila; Vicente
Chiarini de Oliveira, conselheiro de Maripá, dr. José Telles de
Meneses, dr. Emílio Horta, dr. José Higino da Silveira, Cap.
Francisco Gonçalves de Souza, delegado suplente, Tte. Joaquim
Monteiro Bastos, delegado suplente, Major Francisco Batista de
Alvarenga, subdelegado da Vila, Manoel Sales, subdelegado de Maripá,
Ricardo Sobrinho, suplente, Romário Gonçalves de Souza, subdelegado
de Bicas, Alfredo Lemos, suplente, José Rodrigues Nunes, suplente,
Belmiro Otaviano Gomes, suplente, Tte. Domingos Juliani, juiz de paz
de Bicas, Rangel Júnior, juiz de paz de Bicas, Norberto de Carvalho,
agente do correio de Guarará, Manoel Ferreira Júnior, Barão de
Cattas Altas, Delegado de policia.”
Jornal "Correio de Minas", de domingo, 19/07/1896
(6a) - Réplica
Escreve-nos
desta localidade o nosso, colega Vieira Pisco:
“Prezado major
Estevão de Oliveira.
- O telegrama que vos
foi transmitido de Bicas com data de 16 do andante e publicado no
apreciado Correio de Minas de 19, obrigou-me a lançar mão da pena
para solicitar-vos espaço nas colunas do mesmo jornal, e dizer sobre
o aludido telegrama e os fatos que a ocasionaram, alguma coisa,
esperando ser como sempre tenho sido, acolhido benevolamente.
Começarei por
dizer-vos que é realmente lastimável ver-se a luta, ou melhor, a
dissidência que lavra aqui atualmente no seio do partido
constitucional, para cujo engrandecimento, boa arregimentação e
orientação, temos ambos nos batido, cada um nos limites de suas
forças.
Pois bem, é isso uma
verdade, o partido aqui está quase esfacelado, e o que mais nos
contrista, é ver que isso nasceu de uma dissidência desarrazoada e
injusta.
Passemos aos fatos.
Ha tempos,
extemporaneamente, sem uma causa plausível, alguns membros da Câmara pediram a demissão de dois empregados, e, como o Agente Executivo,
percebesse (e acertadamente, seja dito de passagem) que era a ele que
queriam atingir e que não apresentavam motivos plausíveis que
justificassem o pedido de demissão, julgou andar bem não dando a
demissão pedida.
Isto exasperou os
membros da Câmara e fê-los romper em dissidência franca com o Agente
Executivo, e convocarem para o dia 11 do corrente uma sessão
extraordinária, na qual pretendiam dar cheque e mate no Agente
Executivo e empregados.
Essa sessão só se
abriu ao meio dia, fora da hora regimental, porque três membros não
haviam chegado, isto apesar do estarem presentes na casa desde ás
10H30 seis membros, numero suficiente para abrir-se a sessão.
Os srs. vereadores
Fonseca Barroso, | que é vice-presidente da Câmara padre José
Manoel Corrêa e Fortunato Pacheco, reconhecendo o manejo político
que ali se praticava, e o desrespeito à lei não se abrindo a sessão
propositalmente, saíram do recinto e lavraram um protesto que
enviaram À mesa para que dela tomassem conhecimento, declarando nula
a aludida sessão.
Outro protesto igual
foi lavrado pelo sr. Agente Executivo e assinado por mais 18
testemunhas.
A sessão realizou-se.
Foi calorosa, e a Câmara resolveu demitir os empregados e nomear
novos.
O sr. Agente Executivo
declarou que manteria os empregados e que continuaria firme no seu
posto, o que não agradou, pois contavam certo com a sua renuncia,
para o que trabalham ha muito.
Satisfeito o povo desta
vila com o procedimento do Agente Executivo, fez-lhe uma
manifestação, sendo então elaborado um telegrama para ser passado
à redação da Gazeta de Noticias, onde assinaram muitas das pessoas
presentes, assinando, é certo, alguns menores, mas isso porque a
folha de papel onde se assinaram achava-se sobre uma mesa á
disposição de todos.
Este telegrama que foi
publicado na Gazeta do 15, foi que deu motivo ao que vos transmitiram
de Bicas.
Para provar-vos, meu
caro major, que não reinou muita lealdade no tal telegrama, basta
dizer-vos que ele sendo publicado pela Gazeta de 17 e devendo ser
igual em todos os sentidos, assim não aconteceu, pois que o
publicado no Correio tem a maior estas palavras: - e individuos sem
imputabilidade, e a assinatura de um vereador, e a menos uma
assinatura de um cidadão que na Gazeta assinou-o em duplicata.
Diz esse telegrama que
o Agente Executivo está fora da lei, mas esqueceram-se de apontar em
que.
Isso é natural; pois
que, a meu ver esse telegrama, meu caro amigo, só tem em mira
indispor o Agente Executivo com o benemérito governo do Estado, com
aquela frase estudada e medida: - traindo o partido constitucional que
o elegeu; o que é uma falsidade atroz, porquanto o Agente Executivo
é um republicano puro, daqueles que não se curvam, como igualmente
não se desvia do caminho que lhe traçou a sua consciência; é
daqueles combatentes fortes, daqueles que o partido necessita.
O que, porém, jamais
conseguirão provar é isto: que o Agente Executivo desviou-se das
leis e que não tem de seu lado a opinião pública.
E se não, esperemos!
Já vai Longa esta
carta, por isso julgo prudente fazer ponto, agradecendo-vos desde já
sua inserção nas colunas do simpático Correio."
O redator de O Correio de Minas faz a seguinte observação:
"Agora a nossa opinião,
e externamo-la aqui francamente, uma vez que abrimos espaço a ambos
os grupos dissidentes.
Não nos parece
conveniente que continuem a contenda pela imprensa os nossos dignos
correligionários.
É preferível, ao
contrário, que cheguem a uma composição digna e honrosa, para que
se não enfraqueça o partido, cuja reorganização tanto custou a
todos nós.
Com a dissensão que
ora se abriu no seio do partido constitucional em Guarará há de
tirar todo o proveito a caudilhagem revoltada dali, de que é chefe o
Sr Noronha.
Atenham
para esta circunstância os nossos amigos."
Jornal "Correio de Minas", de 21/07/1896;
(7) - Por ato do governo do estado de minas ficam nomeados os seguintes cidadãos:
João dos
Passos, José Vieira Camões e Otaviano Pinto de Rezende (1,2,3 )
suplentes de delegado de policia do município de Guarará
Cap. Josino Ribeiro da Silva, Joaquim F Vieira Pisco, João Furtado e Joaquim Alexandre da
Silva para subdelegado e suplentes (1,2,3) do distrito da Vila.
Cap. Joaquim
Coelho de Faria, Tte João Angellitte, Bemvindo Gotelipp e Tte Angelo
Padula, para subdelegado e suplentes (1,2,3) do distrito de Bicas.
Cap. João Leite Guimarães Francisco de Azevedo Netto, Jose Alves Pereira e João
Garcia Macha para subdelegado e suplentes (1,2,3) do distrito de
Maripá.
Jornal "O Pharol, de terça 30 dezembro de 1902;
(7a) - Cenas e Fatos
Ontem
escrevi: “faça o seu epitáfio”, Um cochilo de revisão fez com
que saísse isto: "faça o teu epitáfio.
O
leitor inteligente de certo logo notou o engano e me fez a necessária
justiça, achando-me incapaz de claudicar em coisas de nonada.
Todavia
ai fica a corrigenda.
Por
falar em enganos, o periódico "O Guarará", de meu amigo de infância,
o Vieira Pisco, deu à estampa a célebre poesia a Bodarrada, com a
assinatura de Laurindo Rabelo, o Poeta Lagartixa, o vate da Saudade
Branca, que é um primor de inimitável lirismo.
O
escritor da Bodarrada, entretanto, não é Laurindo Rabelo, mas o
conhecido Luiz Gama, o célebre propagandista da abolição, em São
Paulo, e por isso mesmo perseguido e preso pelas autoridades de
então, mas sem que ele deixasse de propugnar pelos direitos da sua
raça.
No
Curso de Literatura Brasileira, Sílvio Romero aponta os versos de
Luiz Gama como obra de mérito e de castigado humorismo.
Nunca
ninguém se lembrou de atribuir a Rabelo a autoria da Bodarrada.
O
que se tem dito é que ele é baiano, quando aliás é muito bom
carioca.
Baiano
é Luiz Gama e dizem-no paulista, pelo fato de ter ido para o Estado
de São Paulo muito criança, numa leva de escravos, e lá ter feito
a sua educação por si mesmo, educação que se completou mais tarde
quando, assentando praça no corpo de policia, conseguiu um lugar na
secretaria do batalhão.
Jornal "O Pharol, de 20/08/1904;
(8) Guarará - do correspondente em data de 30 março :
“O
exmo. sr. dr. Brant, digno administrador dos correios, sempre
solícito em atender às reclamações, quando justas, e aos
interesses de público, tomando em consideração um apelo que a s.
excia. dirigimos em uma de nossas correspondências, de necessárias
ordens de modo a não ficar esta zona privada da mala diária pela
não correspondência dos expressos da Leopoldina e Central.
Ainda
no dia 27 deu-se atraso no expresso da Central; porém tivemos a mala
de correio pelo trem da noite e que dantes não se dava.
Nossos
agradecimentos, pois, ao escrupuloso funcionário que se esforça
sempre pelo melhoramento deste ramo de serviço público que, em tão
boa hora, lhe foi confiado.
-
Ha muito que Bicas, agencia, de grande movimento e praça comercial
de primeira ordem, reclama um melhoramento - a emissão de vales
postais.
Da
solicitude do digno administrador, esperamos este melhoramento que
vem a facilitar as remessas de dinheiro e dos saldos da coletoria de
Guarará.
Se
a agencia de Sossego goza deste melhoramento, é justo, que Bicas o
reclame e com mais direito.
-
Tem guardado o leito, bastante enfermo, o sr. padre Manoel Lopes
Martins, cura de Bicas.
-
Ainda uma vez foi adiada a festa de São José, em Bicas, devido ao
tempo chuvoso e à enfermidade do cura que não pôde prosseguir nas
novenas.
-
Empossou-se de cargo de vereador à câmara, na vaga aberta com e
falecimento do sr. Major Firmino Dias Tostes, de saudosa memória, o
sr. José Vieira Camões, ultimamente eleito.
-
A 3 do próximo vindouro mês, reunir-se-á, em sessão
extraordinária a câmara municipal para dar posse aos vereadores:
dr. Belizário da Cunha Monteiro de Castro e barão de Catas Altas,
membros eleitos pela minoria no pleito de novembro.
-
O sr. Joaquim Fróes Vieira Pisco, no exercício do cargo de ajudante
de procurador da República, convocou, para 2 do próximo mês, os
membros da junta, que deverá eleger a comissão de alistamento
eleitoral, segundo a nova lei federal.
-
Na questão que ora se debate, sobre a sucessão à presidência da
República, não podemos deixar de consignar a má vontade em relação
ao sr. Bernardino de Campos e à necessidade que a todos se afigura
inadiável de se acabar com a preponderância política de S. Paulo,
que se avocou o direito de eleger o primeiro magistrado da Nação,
tornando-se uma espécie de conclave para a eleição de Papa, que e
ou pode recair em um italiano.
A
tal comissão executiva é um verdadeiro conclave ao mando de
camerlengo de Campinas. Si non é véro é bene trovato. E, ou
se acaba com isto ou podem os tais republicanos pegar nas alças do
esquife. Esta coisa não vai bem na linguagem de um dos próceres do
regime, que hoje bem pode influir para que a República tome juízo.
-
Em dias desta semana foi e sr. Felipe José, de nacionalidade turca
vítima de gatunos, que, conseguindo destaramelar uma das portas de
sua casa de negócios, em Bicas, nela penetraram, roubando-lhe
150$000 em dinheiro. Todas as diligencias têm sido infrutíferas
para a descoberta dos autores de mais este ataque à propriedade
alheia.
-
Ha meses e exmo Sr. Barão de Cattas Altas registrou uma carta para
Belo Horizonte e que ali chegou com mostras de ter sido violada
Tendo
e destinatário feito remessa do envolucro ao remetente, este, como
era natural, reclamou.
A
diretoria geral dos correios e a administração deste Estado
procederam conjuntamente às investigações necessárias e, depois
de muitos informes, para baixo e para cima, chegaram a este
resultado:
O
ambulante da Central, sr. Sizenando, abrindo a mala em questão,
notou que dois registrados haviam se aderido, devido a uma
circunstância qualquer. Tentando desligá-los, rompeu-se, em parte e
involucro de um deles que, pela posterior reclamação, soube-se
pertencer ao remetente exmo Sr. Barão de Cattas Altas.
O
ambulante, cumprindo disposições regulamentares, apôs-lhe os selos
da correspondência violada, prestando quando foram exigidas, as
explicações que aí ficam, aliás muito simples, naturais e
completamente admissíveis no caso.
Que
mais diligencias cabiam por parte da administração postal, diante
desta tão simples, quanto natural explicação?
-
Em serviço de seu elevado cargo esteve nesta vila e em Bicas o exmo.
sr. dr. Rafael de Almeida Magalhães, integro juiz de direito da
comarca, acompanhado pelo sr. Arthur Peledriano, tabelião em Mar de
Hespanha. É nos sempre grata a visita do digno magistrado que, pela
sua correção e integridade, tem sabido se impor à simpatia e
respeito de seus jurisdicionados.
S.
excia. seguiu ontem, pelo expresso, para a sede de sua comarca.
-
Mais uma vez e Deus queira, seja a última, chamamos a atenção do
exmo. sr Perci Clarck, digno superintendente da Leopoldina, para o
deplorável estado da estação de Bicas desse barracão indecente
que atravessando administrações, uma após outra, continua a
escarnecer das reclamações públicas.
Quando
outras razões, que já citamos em correspondência anterior, não
houvesse para determinar uma reforma radical nesse próprio da
Estrada, basta o fato de uma senhora não poder embarcar nem
desembarcar com as necessárias cautelas ao pudor, para determinar
uma completa reforma da plataforma, cuja altura não está em relação
ao estribo dos carros, muito mais altos.”
Jornal "O Pharol, de 02/04/1905;
(9) - O nosso prezado colega O Guarará, e simpático e bem redigido semanário, que, sob a competente direção do conhecido jornalista Vieira Pisco, se publica na vila de mesmo nome, em o seu último número, nos distinguiu com a seguinte referência, em sua coluna de honra, amabilidade, que muito agradecemos:
(9) - O nosso prezado colega O Guarará, e simpático e bem redigido semanário, que, sob a competente direção do conhecido jornalista Vieira Pisco, se publica na vila de mesmo nome, em o seu último número, nos distinguiu com a seguinte referência, em sua coluna de honra, amabilidade, que muito agradecemos:
"O
Pharol - júbilo, completo júbilo sentimos ao traçar estas linhas,
nas quais endereçamos ao decano do jornalismo mineiro as nossas mais
sinceras e cordiais saudações pelo seu aniversário.
Sim,
satisfaz, enche a alma de uma satisfação infinda, àqueles que
labutam na imprensa, quando se lhes depara ocasião de saudar um
velho batalhador da causa da liberdade, dos direitos de cidadão, de
engrandecimento da Pátria, da Verdade, da Justiça, enfim.
E,
a luta por esse ideal sublime representa o passado, o presente e
representará e futuro desse e órgão popular - O Pharol, que acaba
de completar 39 anos de publicidade, sempre acatado e querido do
público.
Ao
sr. dr. Christovão Malta e seus dignos companheiros de redação os
nossos sinceros parabéns, por esse auspicioso fato, os quais vão
acompanhados de ardentes votos pela prosperidade do simpático e
importante órgão."
Na
mesma folha Joapis, pseudônimo daquele nosso colega,
brindou-nos com esta graciosa quadrinha:
MEU
CANTINHO
No
horizonte surge o sol,
Surge
aqui esta seção...
Que
seja, pois, a O PHAROL
Sua
primeira saudação.
Jornal "O Pharol, de 28 09 1905;
(10) - Pode-se qualificar de patriótica, a ideia levantada pelo operoso
confrade Vieira Pisco, redator de O Guarará.
No
sentido de prestar um bom serviço à instrução pública, esse
colega lançou a iniciativa da fundação naquele município de uma
escola primária.
Para
a consecução deste empreendimento basta que cada câmara municipal
dos diversos municípios do Estado tome uma assinatura, que custa
mensalmente 10$000, do periódico O Guarará, que, seja dito, é uma
folha bem feita e interessante.
Com
essa iniciativa, que envolve um plano verdadeiramente engenhoso,
Vieira Pisco terá realizado o ideal altruístico que ora o preocupa,
pois é bem de ver que nenhuma das municipalidades de recusará essa
pequena contribuição, em prol de um melhoramento que visa tão
nobilitante fim e cujos resultados são proveitosos à coletividade.
Outros
jornais certamente imitarão o exemplo de o Guarará, de sorte que em
cada Município, com a contribuição dos demais, poderá existir uma
escola congenere, contribuindo, dessa forma, o jornalismo, direta e
patrioticamente, para a disseminação do ensino tão descurado, nos
últimos tempos, pelos poderes públicos, que, já estou cansado de
dizer, repetem a velha e moída canção de que o único problema que
lhes toma tempo e dedicação é a estafadíssima política, a qual
há de servir eternamente de dique ao desenvolvimento de quanto vise
o progresso da civilização dos povos.
À
imprensa deve-se, pois, mais esse serviço, que vem aumentar a lista
enorme dos benefícios que ela presta à humanidade, que tão mal
agradecida, em todas as épocas, se lhe mostrou.
Abra-se
sem demora a escola do Guarará. Acorrerão ao apelo de Vieira Pisco
todas as municipalidade, e se o exemplo encontrar imitadores teremos
em cada município do Estado um templo de ensino, sob os auspícios
da filha dileta de Guttemberg, revelando aos governos, que onde morre
desidiosamente a sua iniciativa, pode erguer-se impávida a força
indomável, que é e o jornalismo, para lhe dar lições de
altruísmo.
Elogiando,
sem condição, a lembrança do redator de O Guarará, só aguardo o
dia da inauguração da escola, para aplaudir também àquelas
municipalidades que tiverem contribuído para esse melhoramento,
cujos resultados são fáceis de avaliar.
Desta
forma, a imprensa dará no terreno da prática, uma exemplaríssima
lição a esses governantes de uma figa, que tanto tem malbaratado a
instrução popular, coisa que existe apenas como símbolo,
inexpressivamente, apagadamente para desonra do povo mineiro. - L.
Jornal "O Pharol, de 07/12/1905;
(11) - Guarará - Do correspondente
As
eleições neste município correram calma e regularmente.
A
oposição obteve diminuto número de votos.
Compareceram
às urnas em todo o município 462 eleitores, pouco mais da metade do
eleitorado.
O
resultado da eleição envio à parte para ser publicado na
respectiva seção.
-
As chuvas continuam ininterruptas e a fazer estragos.
As
estradas estão intransitáveis . Grande é o número de prédios que
se acham em ruínas.
-
O sr, inspetor escolar municipal, em vista de ofícios das
professoras, comunicando-lhe o fato, foi obrigado a suspender as
aulas, tal o estado dos prédios das duas escolas estaduais, que
ameaçam desabamento a todo momento, e por constituir isso isso um
perigo para professores e alunos.
O
senhor inspetor escolar comunicou ao governo a deliberação e nada o
fez ver que teimar em dar aulas nos prédios do Estado, poderia dar
ocasião a lamentar-se alguma desgraça e pedir autorização espera
obter salas para funcionamento das escolas até serem reparado os
prédios.
Sobre
este assunto que é digno de nota ha o seguinte ha mais de três anos
que o inspetor escolar tem reclamado do governo os reparos dos
prédios das escolas sem conseguir coisa alguma.
Do
prédio da escola do sexo feminino já desabou um telheiro, uma das
paredes da sala das aulas está se equilibrando por milagres, as
goteiras são em grande quantidade e a água das enxurradas invadem o
pavimento térreo danificando-o. O da escola do sexo masculino não
está em melhores condições.
Torna-se
necessário que o governo desta feita atenda ao sr. inspetor escolar,
prestando um serviço e tratando de salvar próprios do Estado.
-
Foi eleita uma comissão para tratar de obter os meios de reconstruir
a Igreja Matriz da Vila, e que sofreu grande avaria com as chuvas que
há mais de mês caem constantemente.
Essa
comissão ficou assim constituída:
Presidente,
padre José Juvêncio de Andrade;
Vice-Presidente,
comendador Gervásio da Silva Monteiro de Castro;
Tesoureiro,
cap. Emídio Braz dos Santos;
Secretários,
,José Alvares de Oliveira Júnior e Joaquim Fróes Vieira Pisco.
Procuradores,
cap. Deolindo Valério da Cruz, Cap. Júlio da Gama, Cap. Josino
Ribeiro da Silva, José Duarte Souza Marques, Jerônimo Dias Mendes,
Cap. José Marinho Mota Bastos, Cap. Antonio Ferreira Martins, Cap.
Pedro Afonso Ferreira Leite, Cap. Antonio Dias da Silva Coelho, dr.
Luiz de Miranda Horta, Antônio Mendes e dr. Belisário da Cunha
Monteiro de Castro;
Protetores,
Cel. José Ribeiro de Oliveira e Silva, Cel. Antonio Moreira Portes, Tte-coronel Francisco de Paula Retto Júnior, Tte-coronel Arlindo
Ribeiro de Oliveira, Manoel José Rodrigues, Severino Martins Pinto
Ramiro, Cap. Avelino Ferreira da Fonseca, Com. Domiciano Monteiro de
Rezende, Major Aníbal Ferreira Marques, José dos Santos Neves,
Manoel José Machado e Tte. Joaquim Alexandre de Souza.
-
As obras da Capela do Rosário já foram iniciadas.
A
comissão incumbida das mesmas, recebeu do estimado cavalheiro que
aqui residiu algum tempo, o sr. comendador Joaquim Nunes da Rocha, um
dos diretores da Companhia de Seguros Mercúrio, o importante
donativo da quantia de cem mil réis.
-
Não alcança ainda a uma dezena o número dos alistados na revisão
eleitoral.
O
caso parece devido à eleição, sendo provável que agora, nos
últimos dias de trabalho da comissão apareçam muitos requerentes.
Jornal "O Pharol, de 07/02/1906;
(12) - Guarará - Do nosso correspondente, em 23 do corrente.
“Reuniu-se
ontem o diretório do Partido Republicano Mineiro, deste município,
para escolher os candidatos aos cargos de vereador geral, na vaga
aberta pela renúncia do Cap. José Vieira Camões, e dos terceiros
juízes de paz de Guarará e Bicas.
Foi
indicado para vereador geral o sr. Tte. João Furtado; para terceiro
juiz de paz da sede o Sr. Tte. Rodolfo Padilha e para terceiro Juiz
de Paz de Bicas o Sr. Tte. Estanislau Juliani.
O
diretório tomou ainda outras medidas de caráter partidário e
aprovou a proposta do membro Vieira Pisco, para que o diretório, em
nome do Partido, oficiasse ao ilustre sr. dr. David Campista,
felicitando-o pela sua brilhante atitude no Convênio de Taubaté, na
qualidade de relator do parecer sobre essa magna questão.
-
O sr. Francisco Leite Guimarães, que almeja uma cadeira na Câmara
dos Deputados de Minas, e que trata de apresentar a sua candidatura,
fará nesta vila, uma conferência, no dia 29 do corrente, na sala da
Câmara, para o que fez, pelo órgão local, um convite às classes
sociais.
-
No dia 19 do corrente, realizou-se uma bela e cativante festa íntima,
na fazenda do sr. Tte-coronel Arlindo Ribeiro de Oliveira, em
homenagem à sua exma. sra., que, neste dia, contava mais um ano de
preciosa existência.
Muitas
famílias e pessoas gradas de Guarará e Bicas foram apresentar os
seus cumprimentos à distinta senhora, sendo recebidos fidalgamente.
Aos
manifestantes foi servido opíparo jantar, ao qual seguiu-se animada
soirée, que se prolongou até a manhã do dia seguinte.
Realizou-se
nesse dia o casamento do sr. Carolino Rodrigues de Lima com a sra. d.
Maria Alves da Silva, servindo de paraninfos os srs. Tte-coronel
Arlindo Ribeiro, por parte do noivo, e capitão Deolindo Valerio da
Cruz, por parte da noiva, recebendo em seguida a esse ato, o
sacramento do batismo, do menino Mery, querido filho do sr. Vieira
Pisco, redator de O Guarará, sendo padrinhos o sr. Tte-coronel
Arlindo Ribeiro de Oliveira e sua digna consorte, a exma. sra. d.
Francisca da Cunha Oliveira e sua galante filhinha Libania.
Ao
retirarem-se, as pessoas que tomaram parte nessa simpática festa
íntima, levavam as mais gratas recordações e muita gratidão às
amabilidades que lhes foram prodigalizadas pelo Tte-coronel Arlindo e
sua exma. esposa.”
Jornal "O Pharol, de 25/07/1906;
(13) - Jornal "Correio da Manhã", Rio de Janeiro, Sábado, 16/06/1906;
(14) - Jornal "Correio da Manhã", Rio de Janeiro, quinta-feira, 20/12/1906;
(14a) - O
novo edifício da caixa, construído na Avenida Central, está pronto
para a instalação, devendo ser amanhã entregue ao porteiro,
tenente-coronel Joaquim Fróes Vieira Pisco.
Jornal "O Pharol, de 19/12/1906;
(15) - A Fé (para o colega J. F. Vieira Pisco)
A dúvida é o poente onde descamba a esperança, é o inverno que flagela. A fé é o levante que deslumbra, que empolga, a primavera que irradia. A primeira é a sombra que estende a caligem que desponta; a segunda - a prece que deifica.
A fé é o beijo que pousa na fronte da felicidade; a dúvida - o anseio caído no mar e que morre no tumulo que se fecha.
O beijo sobe para a infinita constelação celeste: é o amor. O anseio desce à dor que o martiriza, ao desespero que o desmaia.
A dúvida arrasta à opressão que desola; à fé governa o espirito para luz que cintila.
Uma é Calígula - suplicando, mortificando; outra - Jesus distribuindo graças, operando milagres.
A dúvida é o deserto, onde gargalha o mocho; a fé, o firmamento, onde sorri a aurora. O mocho modula a canção do morte; aurora rouxinoleia a canção da dívida.
Luiz de Freitas Santos.
(15) - A Fé (para o colega J. F. Vieira Pisco)
A dúvida é o poente onde descamba a esperança, é o inverno que flagela. A fé é o levante que deslumbra, que empolga, a primavera que irradia. A primeira é a sombra que estende a caligem que desponta; a segunda - a prece que deifica.
A fé é o beijo que pousa na fronte da felicidade; a dúvida - o anseio caído no mar e que morre no tumulo que se fecha.
O beijo sobe para a infinita constelação celeste: é o amor. O anseio desce à dor que o martiriza, ao desespero que o desmaia.
A dúvida arrasta à opressão que desola; à fé governa o espirito para luz que cintila.
Uma é Calígula - suplicando, mortificando; outra - Jesus distribuindo graças, operando milagres.
A dúvida é o deserto, onde gargalha o mocho; a fé, o firmamento, onde sorri a aurora. O mocho modula a canção do morte; aurora rouxinoleia a canção da dívida.
Luiz de Freitas Santos.
Jornal "O Pharol, de 13/06/1916;
(16) - Faz anos hoje (dia 10 de agosto de 1924), a graciosa senhorita Arthalides Pisco, distinta normalista residente na Capital Federal e dileta filha de nosso vibrante colaborador, cel. Joaquim Fróes Vieira Pisco" e no dia "14, o inteligente Francisco Pisco, provecto normalista na Capital Federal, e guararense que nos honra, por seu talento e belíssimo coração, o nome da terra que lhe serviu de berço.
(16) - Faz anos hoje (dia 10 de agosto de 1924), a graciosa senhorita Arthalides Pisco, distinta normalista residente na Capital Federal e dileta filha de nosso vibrante colaborador, cel. Joaquim Fróes Vieira Pisco" e no dia "14, o inteligente Francisco Pisco, provecto normalista na Capital Federal, e guararense que nos honra, por seu talento e belíssimo coração, o nome da terra que lhe serviu de berço.
Jornal "O
Guarará", de 10/08/1924;
(17) - Jornal "A Época", de 25 de dezembro de 1913;
(17a) - Jornal "O Guarará", ANNO III, N.º 18, pág 2. Guarará, 9 de novembro de 1919;
(18) - Jornal "Correio da Manhã", Rio de Janeiro, terça-feira, 19/10/1920;
(19) - Jornal "Correio da Manhã", Rio de Janeiro, segunda-feira, 20/12/1920;
(20) - Jornal "O País" de 3 e 4 de novembro de 1924;
(21) - Jornal "O País" de quinta-feira, 24 de junho de 1926.
(17) - Jornal "A Época", de 25 de dezembro de 1913;
(17a) - Jornal "O Guarará", ANNO III, N.º 18, pág 2. Guarará, 9 de novembro de 1919;
(18) - Jornal "Correio da Manhã", Rio de Janeiro, terça-feira, 19/10/1920;
(19) - Jornal "Correio da Manhã", Rio de Janeiro, segunda-feira, 20/12/1920;
(20) - Jornal "O País" de 3 e 4 de novembro de 1924;
(21) - Jornal "O País" de quinta-feira, 24 de junho de 1926.
3 comentários:
Emocionei-me até 'as lágrimas, lendo a história de vida de meu avô , Joaquim Fróes Veira Pisco.
Que bacana ver a história do meu bisavô Pisco, um homem de letras, cultura e moral. Que achado!
Meu bisavo era irmão do Joaquim Pisco, pouco sei da família, pois meu avo saiu de Guarara com 16 anos, qdo seu pai irmão do Joaquim faleceu. Tenho vontade de saber mais sobre a família . 19-991699194 Eliana Saviolo, email: elianasavioloimoveis@gmail.com
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