terça-feira, 20 de novembro de 2012

JOSÉ VIEIRA CAMÕES

          José Vieira Camões, de nacionalidade portuguesa, natural de Braga, onde nasceu em 1866, pisou no solo guararense, conforme narrado por ele mesmo, em 1887, aos 21 anos. Ele era filho do sr. José Machado Perdigão, e de d. Angélica Modesto Perdigão.
         De pronto já integrara à vida da então Espirito Santo do Mar de Espanha e se entremeara ao quotidiano e rotina do então pacato, porém elegante distrito. Já se afinara com as autoridades da época, sendo seus comuns do dia-a-dia o escrivão José Álvares de Oliveira Júnior, Noronha e Silva o maior nome político de então, etc.
         Seu nome consta em diversas oportunidades nas assinaturas dos documentos cartoriais, onde serve de testemunha ao escrivão José Álvares de Oliveira Júnior. Não passa muito e ele torna-se o representante, com depósito em Bicas, da comissionária de café "Nunes, Pinto & Comp". Firma sólida, estabelecida na capital federal, desde 1888, com escritório à Rua visconde de Inhaúma, 57, Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo ele representava também a firma "Calvario & Comp", sediada na estação de Carandaí, para a venda de cal, e ainda mantinha na casa do Sr Serafim R. da Cunha, em Bicas, um depósito para a venda de formicida (Sulfureto de Carbono).
        Nos poucos anos que se passam, ele, em 1891, quatro anos após ter aportado nesses mares sertanejos, já participa ativamente e com propriedade dos desígnios do então distrito de Mar de Espanha, mas prestes a tornar-se município, tanto que é um daqueles que firmam seu nome na Ata de Instalação da Vila de Guarará e posse da Intendência Municipal e, não muito depois, ele recebe a nomeação de segundo suplente de delegado. (1) Dedicado e profundamente religioso, desde logo participa ativamente da vida religiosa do agora, município de Guarará. Nesta condição, de partícipe, ele integra a comissão que encabeçara as festividades religiosas daquele ano (1891) e (2) em 15 de outubro (de 1891) ele é nomeado junto com Francisco Carneiro para providenciarem o orçamento para duas construções: A primeira seria uma ponte interligando a Praça do Divino com a rua Tiradentes, cuidando para que as paredes laterais fossem de alvenaria seca em toda a largura da rua e a coberta de madeira de 4 polegadas de grossura, preferindo-se piúna e peroba, e a segunda seria a construção de uma sarjeta de pedra na rua Visconde do Rio Branco. Por esta época ele era um dos titulares da "Oliveira & Camões", que se anunciavam como: "Construtores de obras de pedreiro, carpinteiro, pinturas, estucador(es)...". (2a)
          No ano seguinte (em 1892), ele é eleito como um dos vereadores gerais para o triênio 1893/1896. Seus companheiros no legislativo são: Joaquim Jose de Souza, Antonio Rabelo Teixeira, João Pinheiro Carneiro, João Pires de Mendonça, Manoel Pereira Sales e Antero Dutra de Moraes, eleito este último, como Presidente e Agente Executivo do município. (3)
          Ao mesmo tempo em que integra o legislativo, Camões, lança-se ao comércio. Em sociedade com Julio da Gama e Francisco Faria Loureiro Coimbra, eles abrem a firma "Camões, Gama & Faria" e adquirem o liquidante estabelecimento de José Pinto Soares & C. (3a) A sociedade se desfaz em pouco com a saída de Francisco Faria Loureiro Coimbra, e passa a denominar-se apenas "Camões & Gama". (4) O Patrimônio de Camões, por esta época, já é dono uma certa significância, haja visto o valor constante de sua apólice de seguros, administrada pela "New York Life Insurance Company", Sucursal do Estado de Minas Gerais, que era a nada modesta quantia de 10:000$000. (5)
          O legislativo do município de Guarará, nos anos seguintes (final de 1893 a 1896) entra em franco desentendimento. Com trocas de acusações, disputas internas e externas. Nesse momento ressalta duas figuras o Barão de Cattas Altas e José Vieira Camões, sendo que o primeiro estava investido do cargo de delegado. Sobre isso falaremos em outra oportunidade.
         Em 1905 Camões é eleito unanimemente (171 votos) para suprir o cargo de vereador que ficara em aberto com a morte do major Firmino Dias Tostes. (6) Mas no ano seguinte ele renuncia a esse mesmo cargo de vereador. (7) e para preencher esta vaga novamente aberta, com sua renúncia, o Partido Republicano Mineiro, indica o Tte João Furtado. (8)
Aniversário de Maria de Matos Camões em 1923
         Em 1912, Camões concebe aquela que seria a sua grande contribuição para a instrução qualificada no município de Guarará. Ele sugere, propõe os meios e planeja a criação de um colégio particular no Município. Este será na período em que funcionou 1913/1926, a maior referência de ensino em toda a região. (9) O Ginásio Delfim Moreira, não fora apenas concebido em sua mente mas, como construtor que era, foi o próprio a acompanhar passo a passo a construção, toda a adaptação e preparação do prédio que a este fim se definiria.
         Aliás a contribuição de Camões na construção arquitetônica do município foi de relevância ímpar. A ele se deve a construção dos prédios....................................... Houveram outros, de certo, como Ângelo Viggiano, José Domingues Ferreira, (9a) etc., mas foi Camões o seu precursor...... E na na condição de construtor  e capitalista que em 1914 ele propõe a construção da "Mútua Construção Mineira", sociedade organizada nos moldes da mutualidade para propiciar a aquisição de casas e moradia. A Sociedade terá em Camões o seu diretor gerente. (9b)
         Era também um grande incentivador da cultura, sendo ele próprio um bom escritor, poeta e ator. (9c) Escrevia a sua coluna "Trapeiros", em certo tom da paródia, em "O Guarará", com as iniciais C. V. J. (José Vieira Camões, ao contrário). (10) Haja visto que, por outro lado, o arquiteto não é nada além de um grande artista. E foi com este espírito português abrasileirado, devotado à arte que se pode vê-lo em 1916, ancorado pelo Capitão Thomaz Guimarães inovando completamente o Carnaval em Bicas, dotando àquela festividade com um requinte até então nunca visto. (11)
         E já que todo artista é igualmente um humanitário, ele é um dos grandes incentivadores, ou patronos, que em 1918, presta sua colaboração ao Instituto de Proteção à Infância, cujos donativos foram angariados no Rio de Janeiro.
         Camões é portanto, e por excelência,um homem público, e como tal, não se pode omitir aos ônus inerentes a esta qualidade de coisas. Assim é que, por vezes, tem que defender-se publicamente (na imprensa) daquilo que a ele se atribui. Como exemplo, em 1919, ele toma a palavra escrita para justificar o que sobre si é dito pela "Gazeta Municipal". (12) O Guarará 02 11 1919. Em 1904 ele fora apontado como um dos proprietário de "roletas" (jogos de azar) no distrito de Bicas. (13) Enfim... Se verdadeiros ou falsos, se simplesmente boatos ou a mais escandalizadora das verdades, isso o fora a seu tempo. Agora... Bem...
         Em 1 de novembro de 1918, Camões é eleito vereador especial pelo distito de Guarará. Em 1923 ele é o Presidente da Câmara do Município de Guarará. E nestas condições ele será o responsável por levar à leilão o que fora a Ferro-Carril Guararense. (14) O fato é que a Ferro Carril já não atendia mais aos seus propósitos. O distrito de Bicas, não era mais distrito, era agora um município, desde 7 de setembro daquele mesmo ano de 1923 (Lei 843 de 7/09/1923). E por outro lado já se pensava em transformar a malha ferroviária em estradas para automóveis, conforme justificado em plenário. Fosse como fosse o fato é que dias antes Camões de encontrava em Juiz de Fora, entre outras autoridades, ele ficara hospedado no Hotel Avenida, talvez, então para tratar deste mesmo assunto. (15) O Hotel Avenida era de propriedade de Apolinário Camões, filho de José Vieira.
Os genros de Camões, Pedro Orlando, Antonio Luccacio, Américo
Ribeiro, Paulo Roque e Afonso Bressane - 7 de setembro de 1923
        A visão de Camões era de uma abrangência estonteante, parece que a tudo via numa perspectiva de 360". Nada via de um modo complicado, ele simplesmente as fazia, era um empreendedor nato, tanto que em 1925, ele encampa dois projetos o primeiro, em sociedade com Manoel Duarte Lousada, é uma fabrica de meias. Para isso eles compram um prédio do Cap. Antônio José da Costa Junior e encomendam os mecanismos necessários para  fabricação dos artigos; o segundo projeto é um moinho de torrefação de café, ao qual ele instala próximo à "Usina Esperança". (16)
         Sua saúde, entretanto, não se mostra boa e em 23 de outubro deste mesmo ano (1925) ele é submetido a uma cirurgia no Rio de Janeiro, para onde vai em companhia do amigo Afonso Leite. (17) Permanece pouco tempo no Rio e, depois de algum tempo de tratamento à sua saúde.................. ele retorna à Guarara, onde continuará sendo assistido por um médico. Pouco tempo depois, já reabilitado, ele retoma suas funções como Presidente da Câmara e Agente Executivo Municipal. (18)
       
*- *-*

         Como parênteses, o ano de 1925, teve uma certa relevância na vida cultural do município  não propriamente o ano, mas o período em que estava inserido. Àquela época, por aqui existia o "Ateneu Matutino", fundado pelo Profº Luiz de Freitas Santos que também era o orador oficial dos eventos e quando não, era substituído por Plínio de Freitas Santos; havia a "Corporação Musical Tenente Geraldo Gomes"; Arnaud Gribel, era o Juiz do termo, Antônio de Pádua Rabelo e Campos era o diretor do Grupo Escolar do Grupo Ferreira Marques, que tinha a sua banda musical, era a "Corporação Musical Lira Escolar do Grupo Ferreira Marques", regida pelo maestro "Teodolino Bertho" e tinha outros insignes homens da cultura, como J. Paixão, agora professor em Bicas, Carlos de Ouro Preto Pereira, Luiz de Freitas Santos. (19) Muitos outros nomes se assomavam à sociedade guararense daqueles idos: O professor, educador e diretor fundador do Colégio São José, Profº Irineu Cândido de Souza, os professores e professoras Aída de Assis, Augusto Julio Moraes Carneiro, Flávia da Costa Milagres, Stela Furtado, Hermann Vieira Gribel, Joaquim Campos, do Grupo Escolar de Bicas, J. Paixão (professor em Bicas e diretor fundador do Ginásio Delfim Moreira. Ouros professores em Bicas eram, Julieta Medina, Luíza de Mendonça Baeta, Maria de Mendonça Baeta, Maria Esther de Aquino Castro, Maria Filomena Viana. Haviam também as escolas retiradas, que eram; a "Escola do Sitio Alinaça", com o Profº Augusto Filgueira, a "Escola do Retiro" com o Profº Ernesto Bernardo Ramos e a "Escola da Gameleira" com a Profª Cantiamila Alvarenga. E havia também o educador, político e humanista, Firmin François Alibert. Também estava em seu pleno funcionamento o "Hospital do Sagrado Coração de Jesus", o "Cinema Guarará", modesto, porém confortável, bem ali na Pça do Divino e a "Escola Noturna de Guarará", fundada pelo Profº Luiz de Freitas Santos, na parte superior do Prédio da "Loja Maçônica Trabalho, Caridade e Luz", na esquina das ruas Capitão Gervásio com a Rua Comendador Noronha. Haviam ainda a "Banda Espiritosantense", o "Grupo Musical de Bicas" e o "Football Club"
         Já não existia a "Estrada de Ferro Guararense", nem a sua sucessora a "Ferro Carril Guararense", nem  ou estrada de ferro guararense mas a s estações de bicas e santa helena estavam a pleno vapor para escoar nossa produções agrícolas por todo território nacional e exterior. E como exportadores de café, tínhamos  Bertholdo Garcia Machado e a firma "Camões & Gomes" sendo a ultima também beneficiadora de café e arroz.
         Tínhamos também os alfaiates João de Georgi e Manoel José Furtado, o arquiteto e construtor José Domingues Teixeira, o fotografo Elvídio Toledo, o relojoeiro Alberto Andrade, a pensão do Abílio Andrade e a pensão da Dona Ferminda Leandro. Tínhamos os farmacêuticos Carlos de Ouro Preto Pereira Tarquínio Pereira, Joaquim Pereira e a "Farmácia Gil" de Gil & Carvalho e ainda os comerciantes Apolinário Camões, Dona Carmela Viggiano, Felipe Nagibe, João Abrahão, Pedro Miguel, Angelo Cotignola, Virgilio Machado, Avelino Rocha, Jorge Galil, Manoel Jacinto de Melo, Jorge Calibri, etc. (20)
         Esta era a Guarará de 1925.

         *- *-*

         Em 1926, ainda como Agente Executivo Municipal e comerciante de grande notiredade em toda a região, José Vieira Camões fundou (21), com outros sócios, a comissionária e Consignadora de Café "Vieira Camões & Cia". O escritório de representação, sediado na capital da Guanabara, ficava à Rua Conselheiro Saraiva, 25, 1º andar. (22) Futuramente a firma terá como seu principal representante Pedro Orlando. E neste mesmo ano, no dia 19 de outubro (de 1926), ele participa da fundação da "Sociedade Agríicola de Guarará", onde ocuparaá o cargo de Tesoureiro. (23)
         No ano seguinte, com a exoneração do Cap. Emidio Braz dos Santos do cargo de ajudante do procurador da República no município de Guarará, Camões é nomeado para substitui-lo e exercer aquelas funções. (24)
       A firma Camões e Cia exerce um importante papel na exportação do produto agrícola, mormente o café, torna-se uma das principais representantes do produto na região e movimenta significativas importâncias. Haja visto a restituição de valores que a Estrada de Ferro Central do Brasil faz à firma referida no ano de 1928. (25)
Em 24 de setembro de 1930, A Vieira Camões & Cia, é uma das empresas eleitas no Centro Comercial do Café, para integrar o Conselho da Diretoria que dirigirá os trabalhos no triênio 1930/1933. As outras eram, Castro Filho & Cia, Mário Godoy & Cia, Fraga, Irmão & Cia, Avelar & Cia, Cerqueira Soares & Cia, Rebello Alves & Cia. (25a)
       Seguem-se os anos o produto agrícola entra em uma fase um tanto inglória, trazendo e provocando as mais variadas crises intempestivas, econômicas, sociais etc e não tardaria pára tudo entrar em um colapso irreversível. Os produtores e exportadores resistem o quanto podem, na região (para os idos de 1937) Guarará-Bicas, as firmas responsáveis pelo escoamento do produto eram A. Ribeiro & Cia., Bertoldo Machado & Irmão, Cel. Joaquim José de Souza, Cel. Otaviano Pinto de Rezende e a Vieira Camões & Cia.
       Mas em 1937, Camões havia morrido já. Ele morreu, em idade avançada, no dia 11 de maio de 1935, em Bicas. (26) Ele fora casado com Maria de Mattos Camões, deste casamentos foram os filhos: Apolinario Camões, casado com d. Jupira de Oliveira; Zulmira Camões Roque, casada com o sr. Paulo Roque (3/2/1883-15/7/1962); Aracy Camões Ribeiro, casada com um patrício, o português, industrial, comerciante (proprietário do Hotel Moreira, em Bicas) e fazendeiro, major Américo Ribeiro; (27) Maria Amália Camões Luccacio, casada com o sr. Antonio Luccacio; Ilda Camões Orlando, casada com o sr. capitão Pedro Orlando; Inah (Inácia) Camões Bressane, viúva do sr. Afonso Bressane de Araújo (26/7/1893-1-12-1927); e José Camões Júnior. Deixa também 23 netos.
       Seu principal empreendimento, a Vieira Camões & Cia, sobrevive ao seu fundador até 1940, porém não resiste aos duros golpes do mercado em decadência, fecha as sua partas aos mesmo tempo que outras grandes do ramo como Araujo Maia & Cia, Julio Motta & Cia, Andrade Lemos & Cia, Braz & Cia, Eduardo Araujo & Cia, J. A. Gonçalves & Cia, J. Nogueira de Castro & Cia, Lincoln & Cia, Oscar Motta, Rabello e Irmão, Reis & Cia, Roque Rotundo & Cia, Costa & Cia, Luiz Corrêa & Cia, S. N. C Café Ltd, Valente Rodrigues & Cia, Paiva Nunes & Cia, Pinheiro Ladeira & Cia, Arbuckel & Cia, Companhia Cafeeirade Minas Gerais, Hasjes & Cia, M. C. Ribeiro & Cia e Silveira Ellakim. Ainda foram fechadas as Caixas de Liquidação, "Caixa Mercantil S. A." e "Caixa Registradora S.A" e também os Armazéns Gerais MC. Kiulay & Cia e Armazéns Gerais de Vitória.
         Na conclusão se pode concluir que Vieira Camões fora completo em suas concepções de arte, cultura, política e empreendedorismo. Atuou em todas estas áreas. Em todas elas cinzelou seu nome. Fora um dos tantos portugueses que se abrasileiraram no curso de suas vidas. E este devotou, senão toda, grande parte da mesma, de certo, ao bem comum.
         O Município de Guarará, em sua justa homenagem dedicou ao referido a alcunha pelo qual é denominado o espaço cultural da cidade, sendo este o "Espaço Cultural Vieira Camões".
         Assim se refere o jornal "O Guarará", quando de sua morte: "...Depois de prolongados sofrimentos que, há anos, vinha-lhe minando o organismo, faleceu no dia 11 do corrente, na vizinha cidade de Bicas, para onde se transferiu do Rio de Janeiro, em busca de melhoras, o Cap. José Vieira Camões, que por mais de quarenta anos residiu nesta cidade, onde constituiu e criou numerosa família.
Português de nascimento, foi, pelo coração, verdadeiro brasileiro um dos mais ardorosos amigos da nossa terra.
Esteve sempre em evidencia na política e na administração local, exercendo, com dedicação patriotismo, vários cargos eletivos e de nomeação.
Como presidente da Câmara Municipal, que o foi por duas vezes, produziu fecunda administração, dotando o município de importantes melhoramentos, entre os quais citaremos apenas a construção do Paço Municipal, a iluminação elétrica do distrito de Maripá, os passeios das vias da nossa "urbs".
Arquiteto competente e de gosto, inúmeras são neste e em outros municípios as construções de projeto e direção sua.
Comerciante no interior chegou ao alto comércio da Capital da República, como chefe da importante firma exportadora de café, Vieira Camões & Companhia.
Possuidor de invulgar inteligência, militou na imprensa, como jornalista amador, tendo publicado algumas poesias, páginas literárias e artigos de polêmica. Escreveu, ainda, duas comédias, que foram representadas em vários teatros.
O seu falecimento repercutiu dolorosamente, eis que fez desaparecer uma vida laboriosa e progressista.
O seu sepultamento deu-se no lugar do seu falecimento, ás 17 horas de 11 deste, com numeroso acompanhamento, estando o município de Guarará representado por seu digno prefeito e elevado número de pessoas do nosso mundo oficial, político e social, o mesmo fazendo o município Bicas, Mar de Espanha, Mathias Barbosa e outros.
No campo santo, foi o panegírico do estimado extinto feito pela palavra autorizada e fluente do consagrado tribuno, Dr. Hermann Gribel.
Entre as inúmeras coroas de saudade, notava-se a oferecida pela municipalidade de Guarará que, por nosso intermédio, manda suas condolências à família enlutada." (27)


Notas
Afonso Bressane de Araújo era filho do major Olímpio Theodoro de Araújo (Jornal "O País", segunda-feira, 10/8/1914)

Fontes de referência e pesquisa:
- 27 - Jornal "O Guarará", de 11 de janeiro de 1920;
- 01 - Jornal "O Pharol", de 22 de outubro de 1891;
- 02 - Jornal "Gazeta de Notícias", de 11 de abril de 1891;
- 2a -  Jornal "O Guarará", ANO I 15, de 28 de agosto de 1892;
- 03 - Jornal "Gazeta de Notícias", de 22 de novembro de 1892;
- 03a - Jornal "Gazeta de Notícias", de 17 de junho de 1892;
- 04 - Jornal "Gazeta de Notícias", de 31 de outubro de 1892;
- 05 - Jornal "O Pharol", de 19 de novembro de 1893;
- 06 - Jornal "O Pharol", de 18 de fevereiro de 1905 e  "O Pharol", de 2 de abril de 1905;
- 07 - Jornal "O Pharol", de 18 de abril de 1906;
- 08 - Jornal "O Pharol", de 25 de julho de 1906;
- 09 - Jornal "O Pharol", de 15 de outubro de 1912;
- 09a - Jornal "O Guarará", ANNO III, N.º 27, pg. 3 - De 11 de janeiro de 1920;
- 09b - Jornal "Correio da Manhã", ANNO XIII, N.º 5.510, Rio de Janeiro, 2 de março de 1914;
- 09c - Jornal "Jornal a Semana", de 02 março de 1899;
- 10 - Jornal "O Guarará", de 16 de novembro de 1919;
- 11 - Jornal "O Pharol", de 29 de fevereiro de 1916;
- 12 - Jornal "O Guarará", de 02 de novembro de 1919;
- 13 - Jornal "O Pharol", de 21 de agosto de 1904;
- 14 - Jornal "Correio da Manhã", de 28 de Outubro de 1923;
- 15 - Jornal "O Pharol", de 22 de setembro de 1923;
- 16 - Jornal "O Pharol", de 29 de setembro de 1925;
- 17 - Jornal "O Pharol", de 28 de outubro de 1925;
- 18 - Jornal "Correio da Manhã", de 19 de novembro de 1925;
- 19 - Jornal "O Pharol", de de 5 de outubro de 1925;
- 20 - Almanak Laemmert, para o ano de 1925, Vol. IV, pg 26l;
- 21 - A abertura de firmas comissionárias foi regulada pelo estipulado no art. 151 do "Indicador Comercial, Industrial e Profissional do Distrito Federal"; 
- 22 - Almanak Laemmert, para o ano de 1934;
- 23 - Jornal "Correio da Manhã", de 3 de novembro de 1926;
- 24 - Jornal "Correio da Manhã", de 20 de setembro de 1927;
- 25 - Jornal "Correio da Manhã", de 20 de julho de 1928;
- 25a - Jornal "Correio Paulistano", de 24 de setembro de 1930;
- 26 - Jornal "Diário de Noticias", de 18 de maio de 1935;
- 27 - Jornal “O Guarará, ANNO XVII, NUM. 19 - Guarará, 19 de Maio de 1935.

1 comentários:

Thais Paixão da Costa disse...

Desculpe, meu comentário não está em meu nome, pois minha conta google é comercial.
Meu nome de solteira é Thais Paixão da Costa. Adorei a matéria, pois só sabia do meu avô Francisco.
Sou neta de Francisco José da Paixão e meu tio avô era J.Paixão.
Para outras informações meu e-mail é costat48@ymail.com

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