domingo, 6 de outubro de 2013

POPOSTA DE COMPRA DA ESTRADA DE FERRO GUARARENSE



EDITAL DE VENDA

"De ordem do cidadão agente executivo, em exercício, por esta repartição se faz publico, para conhecimento dos interessados, que, de acordo com a Resolução n. 2 de 18 do corrente mês de maio, fica desde a presente data até o dia 19 de Junho próximo futuro, aberta concorrência pública para a venda da Estrada de Ferro Guararense (que se acha trafegando regularmente 4 Quilômetros - entre Bicas e Guarará -), todo seu material fixo e rodante e suas dependências.
As propostas serão recebidas mediante recibo, em qualquer dia até 19 de Junho do corrente ano, e serão entregues nesta secretaria em cartas fechadas e lacradas. A abertura das propostas terá lugar no referido dia 19 de Junho, ao meio dia. A Câmara Municipal concede privilégio de zona para a linha atual e para o seu prolongamento a Maripá, e bem assim o direito de desapropriação para o dito prolongamento.
Os concorrentes serão obrigados a depositar na tesouraria da Câmara Municipal a quantia de um conto de réis para garantia da assinatura da escritura, juntando à proposta certificado do tesoureiro de haverem cumprido esta cláusula. O concorrente preferido, se deixar de assinar a escritura no prazo de 8 dias, contados da data da aceitação de sua proposta."

Secretaria da agência executiva da Câmara Municipal do Espirito Santo do Guarará,


19 de maio de 1897

João Alves de Lima Vianna, Secretário.

Jornal "Correio de Minas", ANNO IV, N. 141, pg 2

Juiz de Fora, sábado, 19 de junho de 1897



PROPOSTA DE COMPRA

Vasconcelos, Carneiro & Cia propõe à Câmara Municipal da Vila do Espírito Santo de Guarará, a compra da Estrada de Ferro Guararense e seus materiais, inclusive a Estação, seu Barracão, a linha de telefone e seus aparelhos, e tudo o mais que à mesma pertencer, inclusive os materiais já encomendados; oferecemos a quantia de cinco contos de réis (5:000$000) em apólice da Câmara desta Vila com as condições seguintes: conceder-nos privilégio para seguirmos a Estrada até as divisas deste município e chegar [com] a mesma na plataforma de Bicas, o que depender da Câmara fazendo prevalecer sempre seus direitos; e em tempo algum poderá intervir nas tarifas, passagens; não pondo imposto sobre a mesma estrada; a Câmara mandará no menor tempo que for possível aterrar o córrego da frente da Estação ou abrir a Rua que liga a de Tiradentes, bem assim o direito de apropriação a beneficio da Estrada. Juntamos a essa a quantia de um conto de réis em apólice da Câmara Municipal para a garantia de assinatura da escritura no caso de ser aceita.

Vila do Espírito Santo de Guarará, 18 de junho de 1897

Ladislau Rabelo de Vasconcelos

Francisco Carneiro & Cia

  
*-*-*

Certifico que nesta data os senhores Vasconcelos, Carneiro & Cia, depositaram nesta tesouraria, duas apólices na importância de um conto de réis do empréstimo municipal, para preenchimento da cláusula imposta para apresentarem-se como concorrentes na compra da Estrada de Ferro Guararense.

Vila do Espírito Santo do Guarará, 18 de junho de 1897

O Tesoureiro

Francisco Pinto Ferreira
 

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