ENTRE
O BEM E O MAL...
Quando, em se abrindo um livro, relendo
um artigo, uma crônica, uma carta também, estudamos e revemos qualquer coisa
que escrevemos no passado, facilmente iremos encontrar erros a que estão
sujeitos todos quantos deixaram de aplicar as melhores e maiores regras da
sabedoria e da experiência humana.
Assim, quem a si mesmo se coibir de
qualquer excesso ou intransigência de juízo estará com a razão certamente.
*-*-*
Na ordem pública como na ordem particular
deve imperar constantemente, o espírito cristão de tolerância, de conciliação,
pois, se cada um de nós não puder ser considerado investido da infalibilidade
papal, logicamente deve compreender a possibilidade de estar em erro.
*-*-*
Ninguém melhor exprimiu essa destinação
natural do espírito humano do que Franklin, o grande americano do norte. Disse
ele, de uma feita:
— “...vivi longamente e a experiência
muitas vezes me obrigou a mudar de opinião sobre assuntos importante. Eu
pensava ter razão, mas, ulteriormente melhores informações, estudos mais
aprofundados me provavam que não estava com a razão. Eis porque quanto mais
envelheço, mais me sinto inclinado a duvidar da minha própria opinião e a ter
mais respeito pela opinião dos outros.”
*-*-*
Aprendi a achar razão em Franklin.
Aquela máxima lanina, “hoc volo, sic
jubeo; sit pro ratione voluntas”, chegou a tomar corpo no meu espírito, mas
a abolia da vontade me fez conciliador e tolerante, para influir, na medida das
minhas forças, para que esta minha querida terra e seu povo encontrem um
caminho certo para viverem bem e para que eu próprio possa me sentir feliz
dentro do círculo que ajudei a criar.
Toda tolerância tem contudo, um limite:
- aquele que nos impõe o dever, entre o Bem e o Mal, entre a lei e o crime.
Diante deles não poderá haver neutralidade cômoda...
A.
Gr.
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