terça-feira, 10 de setembro de 2013

AUGUSTUS GRIBEL - ENTRE O BEM E O MAL...



ENTRE O BEM E O MAL...

Quando, em se abrindo um livro, relendo um artigo, uma crônica, uma carta também, estudamos e revemos qualquer coisa que escrevemos no passado, facilmente iremos encontrar erros a que estão sujeitos todos quantos deixaram de aplicar as melhores e maiores regras da sabedoria e da experiência humana.
Assim, quem a si mesmo se coibir de qualquer excesso ou intransigência de juízo estará com a razão certamente.

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Na ordem pública como na ordem particular deve imperar constantemente, o espírito cristão de tolerância, de conciliação, pois, se cada um de nós não puder ser considerado investido da infalibilidade papal, logicamente deve compreender a possibilidade de estar em erro.

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Ninguém melhor exprimiu essa destinação natural do espírito humano do que Franklin, o grande americano do norte. Disse ele, de uma feita:
— “...vivi longamente e a experiência muitas vezes me obrigou a mudar de opinião sobre assuntos importante. Eu pensava ter razão, mas, ulteriormente melhores informações, estudos mais aprofundados me provavam que não estava com a razão. Eis porque quanto mais envelheço, mais me sinto inclinado a duvidar da minha própria opinião e a ter mais respeito pela opinião dos outros.”

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Aprendi a achar razão em Franklin. Aquela máxima lanina, “hoc volo, sic jubeo; sit pro ratione voluntas”, chegou a tomar corpo no meu espírito, mas a abolia da vontade me fez conciliador e tolerante, para influir, na medida das minhas forças, para que esta minha querida terra e seu povo encontrem um caminho certo para viverem bem e para que eu próprio possa me sentir feliz dentro do círculo que ajudei a criar.
Toda tolerância tem contudo, um limite: - aquele que nos impõe o dever, entre o Bem e o Mal, entre a lei e o crime. Diante deles não poderá haver neutralidade cômoda...

A. Gr. 



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