terça-feira, 10 de setembro de 2013

AUGUSTUS GRIBEL - NAQUELE TEMPO



NAQUELE TEMPO

Nos meus bons tempos do grupo escolar “Estevão Pinto”, a diretora era da. Umbelina e minha mestra dona Isabel de Brito. Foi nesse tempo que aprendi o “porque” do nome do Brasil. E eu, com minha mana Maria, que andamos juntos em muitos anos de vida estudantil, carregávamos na etimologia das palavras como nos havia ensinado ainda na fazenda de São Lourenço, o mestre Max Heine, um verdadeiro “gentleman” e sábio professor.
Deram-lhe o nome de Brasil devido a quantidade de madeira cor de brasa que havia nas suas matas”. E eu pensava, já naquele tempo, que tanto como a Colômbia, a América, o Brasil poderia ter hoje o nome de “Cabrália” ou Manuélia” em honra do rei Dom Manuel ou do almirante Cabral.

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Em verdade, os mareantes portugueses não tinham ciência do bom gosto, dos nomes sonoros. Fomos felizes em encontrarem eles logo, pau brasil. E, se em lugar de pau brasil, só encontrassem à chegada, banana (que é uma fruta deliciosa ainda boje) ou mandioca (que os índios usavam muito) então talvez o Brasil chamasse “Bananal” ou “Mandiocal”. E se fosse uma daquelas árvores colossais no tamanho, então talvez, o nome fosse “Pau Grande” como temos aqui em Mar de Espanha...

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Para contar a verdade, devo confessar que nunca vi pau brasil, senão nos museus, nas exposições de natureza cientifica. Como árvore, nunca vi pau Brasil, nem sei que jeito ele tem... Todavia, por causa dele tantos episódios se deram! Até os calvinistas de Coligny, como inúmeros piratas europeus daquela época heroica, atravessavam em busca dele, o chamado “Mar da Noite”, perigoso, com graves riscos de esbarrarem com os esporões das caravelas lusas, que então eram para o mundo o que foram os brigues da Inglaterra depois da batalha de Trafalgar.
O certo em tudo isso é lenda do pau brasil, que deu nome à minha pátria e que me ficou sempre atravessada na garganta, desde os tempos do grupo escolar...

A. Gr. 


1 comentários:

Thais Paixão da Costa disse...

Interessante a crônica e o grupo escolar que o autor A.Gr. estudou, Estevão Pinto, grupo que meu avô materno foi um dos fundadores Professor Francisco Paixão.
Thais Costa Leal

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