NAQUELE
TEMPO
Nos meus bons tempos do grupo escolar “Estevão
Pinto”, a diretora era da. Umbelina e minha mestra dona Isabel de Brito. Foi
nesse tempo que aprendi o “porque” do nome do Brasil. E eu, com minha mana
Maria, que andamos juntos em muitos anos de vida estudantil, carregávamos na
etimologia das palavras como nos havia ensinado ainda na fazenda de São
Lourenço, o mestre Max Heine, um verdadeiro “gentleman” e sábio professor.
Deram-lhe o nome de Brasil devido a
quantidade de madeira cor de brasa que havia nas suas matas”. E eu pensava, já
naquele tempo, que tanto como a Colômbia, a América, o Brasil poderia ter hoje
o nome de “Cabrália” ou Manuélia” em honra do rei Dom Manuel ou do almirante
Cabral.
*-*-*
Em verdade, os mareantes portugueses não
tinham ciência do bom gosto, dos nomes sonoros. Fomos felizes em encontrarem
eles logo, pau brasil. E, se em lugar de pau brasil, só encontrassem à chegada,
banana (que é uma fruta deliciosa ainda boje) ou mandioca (que os índios usavam
muito) então talvez o Brasil chamasse “Bananal” ou “Mandiocal”. E se fosse uma
daquelas árvores colossais no tamanho, então talvez, o nome fosse “Pau Grande” como
temos aqui em Mar de Espanha...
*-*-*
Para contar a verdade, devo confessar
que nunca vi pau brasil, senão nos museus, nas exposições de natureza
cientifica. Como árvore, nunca vi pau Brasil, nem sei que jeito ele tem...
Todavia, por causa dele tantos episódios se deram! Até os calvinistas de
Coligny, como inúmeros piratas europeus daquela época heroica, atravessavam em
busca dele, o chamado “Mar da Noite”, perigoso, com graves riscos de esbarrarem
com os esporões das caravelas lusas, que então eram para o mundo o que foram os
brigues da Inglaterra depois da batalha de Trafalgar.
O certo em tudo isso é lenda do pau
brasil, que deu nome à minha pátria e que me ficou sempre atravessada na
garganta, desde os tempos do grupo escolar...
A.
Gr.
1 comentários:
Interessante a crônica e o grupo escolar que o autor A.Gr. estudou, Estevão Pinto, grupo que meu avô materno foi um dos fundadores Professor Francisco Paixão.
Thais Costa Leal
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