PRAÇA
SETE
Belo Horizonte, 18 - A Praça Sete é bem
o coração desta linda Capital das nossas Minas Gerais, não tanto por sua
localização central, quanto pela vibração constante, que simboliza o órgão
principal do todos os animais.
E é na Praça Sete que fica também
localizado um pedacinho do nosso Mar do Espanha e que tantas vozes tenho
encontrado aqui. Está debaixo das frondosas árvores, bem perto do obelisco
plantado, crescido sob uma das mais carinhosas vigilâncias.
*-*-*
Durante o dia e parte da noite, ouve-se
falar da terra mardespanhense, dos seus homens verdadeiramente homens e doa “boatos
de homens” que por lá ainda existem. É como se estivéssemos no bar do Kid ou
nas rodinhas que se formam no “Parque das Damas” ou ainda, na Farmácia do
Ivan...
Vale fixar se esse aspecto original de
fato notório, porque não é apenas a colônia mardespanhense, numerosa, entusiasmada,
amante da terra natal, que suscita, em constância, os assuntos da terra, a
política com os seus “baianos” e “caratingas”, os problemas que se equacionam
para a salvação do Mar de Espanha. São também, outros variados elementos,
genuinamente belorizontinos e de muitas cidades, que nunca viram o nosso torrão
natal, pois que jamais pisaram o solo batido do nosso Parque, ou atravessaram o
pórtico da Matriz de N. S. das Mercês para ver as relíquias sagradas que ali
estão. São outros “Citroën du monde” que aqui estão para nos surpreender com
perguntas originais: - “Como estão se arranjando os “baianos” com a Prefeitura
arrasada? Como vai o Cel. Sérgio? E o Dr. Jair, o Nico Madeira, o Zé Mistério?
Está tudo em paz lá pelo bar do Kid? E o Zé Olavo, o Zé Meier?
*-*-*
Encontrei aqui, mais uma vez, esse
pedacinho original do Mar de Espanha. Continua na Praça Sete, onde se compram e
se vendem automóveis e se faz de tudo que é comércio, que é vida, fazendo
humor, fazendo espírito. Está aqui esse pedacinho da minha querida terra. É bem
vivo e colorido porque é guardado no coração. É uma criação genuína desses
simpáticos e dinâmicos mardespanhenses — os Limas como são conhecidos esses
conterrâneos, sobrinhos do bravo e venerando major Agostinho Passos de Souza
Lima, uma das mais nobres e mais dignas tradições da terra mardespanhense...
A.
Gr.
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