terça-feira, 10 de setembro de 2013

AUGUSTUS GRIBEL - PRÊMIO E CASTIGO...



PRÊMIO E CASTIGO...

Todos os problemas, sejam de caráter econômico, político ou exclusivamente sociológico, giram em torno de um abismo que ninguém vê e que a ninguém adverte quem sabe, por estar demasiado perto de nossos olhos, ou porque nos espanta reconhecer sua existência.
E esse abismo é precisamente a tragédia moral em que nos debatemos, ao calor dos paixões pequeninas por falta de princípio de responsabilidade, de amor próprio, de sentimento moral e cívico.

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O que ontem houvera sido desonra de toda uma família é motivo de proscrição social, deixou de ser desonesto para a consciência de multa gente hoje, deixou de merecer a repulsa moral que até ontem infundia qualquer feito mesquinho e egoístico, qualquer ação punível e infame...

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Recordo-me de um eminente professor de Direito, quando ensinava nas suas aulas da Faculdade, dizendo “que vivíamos num país onde não existiam nem o prémio nem o castigo”.

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Nem prêmio, nem castigo! Isto quer dizer que a virtude não alcança jamais, o reconhecimento alentador de uma grandeza moral. Menos ainda, a maldade, a fraude, a concupiscência com seu trágico cortejo de misérias e de opróbios tem no espirito público a devida reprovação e necessário castigo.
Muita gente deixa passar por alto o Bem e o Mal, numa indiferença condenável, com a inação fatal de uma das mais legítimas e sérias funções morais da sociedade, que é a de premiar e castigar, de orgulhosamente terem seu convívio os filhos dignos e proscrever abertamente, os maus, que não querem moderar pelo menos, a indecorosidade...

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Eis ai as lições que tiramos da tragédia moral que absorve muita gente neste nosso Mar de Espanha e em outras terras, por falta de sentimento moral, de espírito cristão.
Nos “Irmãos Karamazov” está dito “não basta ir à missa. O importante é seguir o que Ele pregou”...
Muita gente está endurecida, impenitente. Vejam-se os resultados das últimas eleições neste Município. Está ali a verdade...

A. Gr. 


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